Um mergulho na origem da Imperatriz Furiosa, mas será que o público vai se importar?
Quase uma década após o lançamento de “Mad Max: Estrada da Fúria”, o diretor George Miller retorna com “Furiosa: A Saga Mad Max”, explorando a origem da icônica personagem interpretada por Charlize Theron no filme de 2015. Agora, Anya Taylor-Joy assume o volante, em uma jornada que promete revelar os segredos por trás da guerreira de cabeça raspada e braço mecânico. Mas será que esta nova aventura no mundo pós-apocalíptico conseguirá conquistar o público?
A jornada de Furiosa: da infância à vingança
“Furiosa: A Saga Mad Max” começa com a jovem Furiosa e sua irmã, Valkyrie, vivendo no “Lugar Verde de Muitas Mães”. A tragédia se abate sobre elas quando sua mãe, Mary Jo, é morta ao tentar proteger seu lar do cruel senhor da guerra Dementus (Chris Hemsworth) e sua horda de motoqueiros.
Anos depois, Dementus se rebela contra Immortan Joe, líder da Cidadela e dos War Boys. A batalha entre os dois exércitos resulta em um ataque devastador ao exército de Dementus, que exige comida e água em troca de não destruir Gastown. Joe aceita o acordo, mas com uma condição: Furiosa deve se tornar uma de suas esposas.
Disfarçada de menino para evitar ser abusada pelo filho de Joe, Furiosa passa anos vagando pelo deserto. Ao se tornar uma guerreira da estrada, protegendo carregamentos de gasolina, ela vê a oportunidade de se vingar de Dementus pelo assassinato de sua mãe.
Mais história, menos ação: uma mudança de direção para a franquia
Ao contrário de “Mad Max: Estrada da Fúria”, que foi criticado por ser pura ação e pouca história, “Furiosa” tenta corrigir o rumo, focando no desenvolvimento da personagem e sua jornada. No entanto, essa decisão pode afastar aqueles que esperam um filme de ação frenético como o anterior.
Com apenas 30 falas em todo o filme, Anya Taylor-Joy é ofuscada por seus colegas de elenco, principalmente Alyla Browne, que interpreta a jovem Furiosa. Chris Hemsworth, no papel de Dementus, é quem rouba a cena, com uma atuação que evolui de contida a extravagante à medida que a história se desenrola.
Um deleite visual, mas será que é o suficiente?
A cinematografia do filme é impecável, criando um deserto visualmente deslumbrante, especialmente em IMAX, que contribui para a construção do mundo de forma ainda mais impressionante do que no filme original.
No entanto, a questão permanece: será que “Furiosa” irá satisfazer o público casual que não se empolgou com “Mad Max: Estrada da Fúria”? A resposta pode depender de suas expectativas. Aqueles que procuram um filme de ação intenso podem se decepcionar, mas quem busca uma história rica em personagens e desenvolvimento pode encontrar o que procura.
“Furiosa”: Um Mad Max sem Mad Max
Apesar de ser uma adição positiva à franquia para aqueles que desejam aprender mais sobre o mundo de Mad Max, “Furiosa” pode não agradar aos fãs da trilogia original, que mais uma vez se veem diante de um filme que se distancia da franquia dos anos 80.
Com uma mensagem sobre mulheres lutando contra uma sociedade dominada por homens, “Furiosa: A Saga Mad Max” ecoa temas presentes em “Estrada da Fúria”. Embora o filme tenha seus méritos, resta saber se ele será capaz de conquistar um público mais amplo e deixar sua marca na história da franquia.