Cate Blanchett entrou para a Equipe Woke?
Quando o sonho de muitos leitores de Tolkien se realizou após a chegada às salas de cinema de O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel, poucos se surpreenderam com o estrondoso desempenho da bilheteria do longa dirigido por Peter Jackson.
Em retrospecto, a quantia somada pela primeira parte da mágica trilogia sobre o destino da Terra-Média lançada pertinho do Natal de 2001 pareceu justa: US$ 887 milhões – ou US$ 1,5 bilhão, em valores corrigidos pela inflação.
No entanto, o desempenho de recordista Olímpico demonstrado pela produção da New Line Cinema acabou sendo mais impactante para seus criadores e grande parte de seu respeitável time de atores.
Entre eles, a australiana Cate Blanchett, que eternamente será reconhecida como a Senhora Galadriel, a “donzela élfica coroada com guirlanda de brilho radiante”.
Um dos motivos desse alarde foi revelado pela própria atriz, na campanha de divulgação de seu mais recente filme: Borderlands: O Destino do Universo está em Jogo – ficção baseada no badalado game homônimo.
Em entrevista ao apresentador Andy Cohen no programa Watch What Happens Live, Blanchett confidenciou que não recebeu praticamente nada para revelar durante a passagem da Sociedade por Lothlórien cenas do futuro ao hobbit Frodo (Elijah Wood).
“Você está brincando comigo? Não, ninguém recebeu nada para fazer esse filme!”, reagiu. “Isso tudo foi no começo. Na verdade, eu queria trabalhar com o cara que fez Braindead.
Quer dizer, eu basicamente ganhei sanduíches e pude cuidar das minhas orelhas. Não, ninguém recebeu nada. As mulheres não recebem tanto quanto você pensa que recebem”, completou a eterna elfa, aproveitando para dar uma leve lacrada sobre seus vencimentos.
Galadriel da Classe Média
Muitas flechas élficas voaram desde que Cate Blanchett interpretou seu personagem mais popular nas trilogias de O Senhor dos Anéis e O Hobbit.
O que havia provado ser surpreendente nas primeiras milhas da jornada do bem contra o mal já não mais pôde ser considerado inusitado nos cinco filmes restantes.
Juntos, aliás, os seis somaram mais de US$ 4 bilhões, fora os incalculáveis ganhos ligados ao merchandising, home video e contratos ligados ao universo Tolkieniano.É inegável, portanto, que alguns dos atores mais desconhecidos entre a nata de Hollywood na época de A Sociedade do Anel hoje tenham dado um salto de qualidade em seus salários. Para Cate Blanchett, então, os 23 anos que seguiram foram mais que generosos.
Além de ter sua fortuna calculada em quase US$ 100 milhões (cerca de R$ 600 milhões de reais), a australiana faturou 2 Oscar como Atriz Coadjuvante em O Aviador (2004) e Blue Jasmine (2013) respectivamente, além de receber mais 6 nomeações da Academia.
Todo o glamour, fama – e dinheiro – conquistados nesse percurso, entretanto, não parece ter sido suficiente para tirar Cate Blanchett da classe média. Ao menos, foi o que a atriz declarou, mais uma vez, caprichando no politicamente correto.
“Sou branca, sou privilegiada, sou de classe média e acho que alguém pode ser acusado de ter um certo complexo de ‘salvador branco’, mas, para ser totalmente honesta, minha interação com os refugiados mudou totalmente a minha perspectiva sobre o mundo”, declarou a atriz, em entrevista coletiva no Festival de Cannes deste ano.
Queridos heróis, acredite se quiser: parece que nossa Galadriel pode ter sido realmente contaminada pelos ares do elenco de Anéis de Poder. A má notícia, é que a segunda temporada da série chega daqui a 20 dias na Amazon Prime.