Para a tristeza dos cheirosos, Pratt volta a liderar nos EUA com a animação Garfield – Fora de Casa
Por Claudio Dirani
Entre 2015 e 2019, Chris Pratt brilhou como protagonista ou coadjuvante em filmes que renderam mais de US$ 8,5 bilhões para a indústria cinematográfica em três das franquias mais bem-sucedidas dos últimos tempos: Guardiões da Galáxia, Vingadores e Jurassic World.
Os recordes quebrados nas bilheterias, entretanto, não foram suficientes para a mídia cheirosa que transformou o astro de 44 anos em alvo, após Pratt demonstrar toda a sua fé cristã e patriotismo.
Basta ler as críticas negativas que a série A Lista Terminal (2022), mesmo com a excelente recepção feita pelo público da Amazon Prime Video.
Como a voz do público é ainda que fala mais alto e paga os salários da indústria, as tentativas de cancelar Pratt não têm sido suficientes para barrar a escalada de sucesso do ator.
A mais recente onda a favor do ator é a da animação Garfield – Fora de Casa que assumiu a liderança das bilheterias nos Estados Unidos, deixando para trás o favoritismo Furiosa – Uma Saga Mad Max.
Desde sua estreia em 24 de maio, a produção da Sony com a voz de Pratt dublando o gato laranja já chegou a US$ 152 milhões. O desempenho de Garfield é mais uma boa notícia para a estrela cristã e uma péssima notícia para quem criticou sua participação em Super Mario Bros – O Filme (2023). Pior. Assim como em Super Mario, petições online chegaram a implorar pela saída de Pratt da animação, alegando que “ele iria arruinar Garfield, assim como fez com Mario”. Confira o ataque cheiroso no site da Change.org.
Ainda assim, embora Garfield não deva se aproximar da animação da Nintendo no final de sua campanha nas salas mundiais, o mero envolvimento de Chris Pratt – e seu triunfo sobre filmes que contavam com apoio da grande mídia – é o bastante para que notícias negativas surgissem para ofuscar a impressionante fase do ator.
A reação da Variety
Para alegria do fã-clube de Chris Pratt – e das produções que priorizam a história, não a ideologia – Garfield conquistou as manchetes dos principais sites de cultura pop neste final de semana, por ultrapassar a sequência de Mad Max e assumir a pole-position nas bilheterias dos Estados Unidos.
A Variety – que conta com enorme prestígio e quase nunca esconde a preferência pelo conteúdo cheiroso – foi um das revistas digitais que destacou a competição entre Garfield e Furiosa, mas nunca sem apontar um ponto negativo sobre o momento.
Confira o trecho da crítica:
“O Filme Garfield conquistou o primeiro lugar desta semana, ultrapassando nas bilheterias “Furiosa”, o campeão do fim de semana passada nas bilheterias dos EUA”, apontou a crítica
“Não foi um feito difícil, já que Garfield avançou sem esforço com US$ 14 milhões obtidos em 4.108 cinemas em seu segundo fim de semana em cartaz, enquanto Furiosa ficou em terceiro lugar com US$ 10,7 milhões em 3.864 salas de cinema.
“Embora “Garfield” tenha todo o direito de se gabar pelo primeiro lugar, foi mais um de semana terrível para as bilheterias. As vendas de ingressos sofreram uma queda de 65% em comparação ao mesmo período de 2023. Como resultado, as receitas gerais permanecem 24% abaixo do ano passado, e mais de 40% abaixo dos tempos pré-pandemia”, reforçou a publicação.
Fato indiscutível: as bilheterias dos EUA nunca mais foram as mesmas desde a fase dos lockdowns na pandemia de covid-19. Contudo, como explicar o desempenho de blockbusters como Top Gun: Maverick e do próprio Super Mario Bros, com a voz de Chris Pratt. Ambos conseguiram superar a barreira do U$ 1 bilhão.
Meus queridos heróis e fãs da sétima arte: a explicação é a mesma: qualidade acima de tudo. No caso de Chris Pratt…bem, quanto mais a crítica bate, mais a crítica vai apanhar com a resposta imediata do público.
