Gina Carano processa Disney e Lucasfilm após polêmica demissão de The Mandalorian

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Atriz acusa estúdios de perseguição ideológica e cerceamento da liberdade de expressão

A atriz Gina Carano entrou com um processo contra a Disney e a Lucasfilm alegando demissão injusta de seu papel como a personagem Cara Dune na série Star Wars: The Mandalorian.

Carano havia interpretado Cara Dune com grande sucesso nas duas primeiras temporadas da série até ser abruptamente cortada do elenco durante as gravações da terceira temporada.

Perseguição nas redes e distorção de publicações

De acordo com a atriz, ela foi perseguida e difamada impiedosamente nas redes sociais por não se alinhar com a “narrativa progressista aceitável” amplamente difundida em Hollywood.

Seus posts pessoais foram distorcidos e usados para retratá-la falsamente como intolerante, racista e transfóbica, rótulos que Carano rejeita veementemente.

“Olhem o que eu postei e perguntem a si mesmos: em que momento comparei republicanos a judeus no holocausto? Não comparei. Perguntem por que me chamavam de racista, havia algum mérito ou histórico que justificasse isso? Não havia”, protesta Carano.

Dois pesos e duas medidas

Carano também afirma que seus colegas de elenco masculinos, como Pedro Pascal, não sofreram punições similares por fazerem posts polêmicos sobre política. Ela aponta isso como dois pesos e duas medidas:

“Meus colegas homens puderam se expressar sem assédio, cursos de reeducação ou demissão. Mas a mim não foi dada a mesma liberdade de expressão”, critica a atriz.

Para Carano, seu caso exemplifica claro cerceamento da liberdade de expressão por opinar de forma controvertida nas redes sociais. Ela argumenta que teve seus direitos violados pela demissão com base em motivos ideológicos:

“Artistas não abrem mão de direitos como cidadãos americanos quando entramos em um emprego. Fui demitida apenas por expressar minhas opiniões”, declara.

Processo contra Disney rende apoio de Musk

O processo por danos morais e materiais contra Disney e Lucasfilm foi possível graças ao apoio do empresário Elon Musk. Musk se ofereceu publicamente para custear ações legais de pessoas demitidas por exporem opiniões polêmicas.

Carano agora busca uma robusta indenização pelos prejuízos à sua carreira e reputação. O caso promete render uma batalha judicial sobre liberdade de expressão e perseguição ideológica em Hollywood.

Críticas à cultura do cancelamento

Especialistas avaliam que o caso Carano vs. Disney colocará sob escrutínio legal a controversa “cultura do cancelamento”. Tal dinâmica tem sido criticada por sufocar vozes dissonantes sob a alegação questionável de combater o discurso de ódio.

Não raro, executivos progressistas são acusados de impor autoritariamente sua visão ideológica, precipitando-se em demitir aqueles que ousam questioná-los. O processo de Carano evidenciará essa faceta da indústria do entretenimento.

Caso obtenha ganho de causa, a ação pode inibir demissões ideológicas e forçar maior transparência dos critérios adotados pelos estúdios em polêmicas. Por ora, a atriz busca resgatar sua reputação e denunciar o que considera uma campanha difamatória orquestrada pela Disney.

 

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