O Sindicato dos Atores de Cinema – Federação Americana de Artistas de Televisão e Rádio (SAG-AFTRA) anunciou o fim da greve de dubladores e artistas de jogos eletrônicos, após quase um ano de paralisação. Em 11 de junho de 2025, um acordo provisório foi alcançado com empresas como Activision, Electronic Arts, Epic Games e Warner Bros. Games, suspendendo a greve a partir do meio-dia (horário do Pacífico). Uma reunião especial em 12 de junho avaliará o contrato, que, se aprovado, será submetido à ratificação dos membros.
Iniciada em julho de 2024, a greve — aprovada por 98% dos votantes — focou em proteções contra o uso de inteligência artificial (IA) sem consentimento, compensação justa e transparência. Isso reflete tensões crescentes na indústria, onde a IA ameaça substituir vozes humanas, como visto em experimentos da Sony com uma Aloy gerada por IA em Horizon, criticada pela dubladora Ashly Burch por falta de autorização e remuneração. Burch alertou: “Vocês precisam obter nosso consentimento antes de criar uma versão de IA de nós”, enfatizando riscos a futuras gerações de artistas.
Impactos incluíram reformulações em Call of Duty: Black Ops 6, NPCs mudos em Destiny 2 e World of Warcraft, greve contra League of Legends da Riot, e uma queixa ao NLRB contra a Epic por IA em Fortnite com Darth Vader. O acordo promete retomar produções sem interrupções, beneficiando jogadores e estúdios.
Essa resolução destaca o equilíbrio entre inovação tecnológica e direitos trabalhistas, mas suscita críticas: narrativas ideológicas sobre “progresso inclusivo” via IA podem suprimir debates objetivos sobre desemprego, priorizando agendas corporativas sobre impactos humanos reais, sem distorcer a necessidade de regulamentação ética.
Dubladores de jogos estão prontos para entrar em greve por causa de IA. Entenda o motivo.
