Greve em Hollywood se estende e atores buscam trabalhos fora da indústria

Compartilhe:

A greve dos sindicatos de atores e roteiristas em Hollywood já dura 100 dias, mas as negociações entre os sindicatos e os grandes estúdios seguem emperradas. Enquanto isso, muitos artistas estão tendo que procurar trabalho fora da indústria do entretenimento para compensar a perda de renda.

A paralisação, iniciada em julho, já interrompeu as filmagens de muitas séries e filmes importantes, com prejuízos milionários. Porém, os sindicatos se mantêm irredutíveis em relação às demandas por melhores condições e pagamento.

                                        Queda no número de produções

Dados da FilmLA, entidade que controla filmagens em Los Angeles, mostram uma queda de 41% no número de dias de gravação na cidade entre julho e setembro, na comparação com 2021.

O declínio no volume de produções já vinha ocorrendo antes da greve, mas agora foi dramaticamente acentuado. Analistas estimam perdas na casa de bilhões de dólares.

                                Atores voltam a trabalhar como garçons

Sem renda dos cachês, muitos artistas voltaram a trabalhar como garçons e em outras funções, retomando o velho clichê de atores fazendo “bicos” enquanto esperam a grande chance.

A situação é especialmente difícil para atores de renda média e baixa, que constituem a maioria dos sindicatos. Apenas 14% dos membros da Screen Actors Guild recebem mais de US$ 26 mil por ano.

Pressão para um acordo

Diante do impasse, astros como George Clooney e Scarlett Johansson tentaram pressionar a cúpula dos sindicatos a chegar a um acordo, mas não obtiveram sucesso.

A perspectiva é de que a paralisação continue prejudicando toda a cadeia de produção audiovisual em Hollywood ao menos até o final de 2023. Um duro golpe em uma indústria já fragilizada.

Críticos buscam desculpas para o fracasso de “As Marvels” nos cinemas

Publicidade
Publicidade