Gunn critica “pornô de cameo” após elogiar excesso de aparições em “The Flash”

Compartilhe:

O todo-poderoso James Gunn, novo co-presidente do recém-reformado DC Studios, fez mais uma de suas características reviravoltas criativas. Dessa vez, o excêntrico cineasta criticou o uso excessivo de “pornô de cameo” em filmes recentes de super-heróis, apesar de ter anteriormente elogiado essa prática no desastroso filme “The Flash”.

De salvador da DC a hipócrita em tempo recorde

Há cerca de um ano, Gunn exaltou o trash “The Flash” como “provavelmente um dos maiores filmes de super-herói já feitos”, mesmo com sua enxurrada gratuita de heróis conhecidos em participações completamente irrelevantes para a trama. Personagens icônicos como Mulher Maravilha e Batman apareceram em cenas rápidas que em nada contribuíram para a história.

Agora, ele diz que esse “pornô de cameo” é “um dos piores elementos dos filmes recentes de super-heróis”. Seria essa mais uma prova da famosa hipocrisia woke de Hollywood, que prega certos valores mais por conveniência do que convicção?

Personagens só para “marcar checkbox”

Em discussão no Twitter, Gunn criticou a introdução forçada de personagens apenas para “aparecerem na tela por 10 segundos e marcar um checkbox”. Ele defende que todo personagem em um filme precisa ter “uma razão para estar ali na história”.

Ironicamente, esse foi exatamente o caso dos inúmeros heróis e vilões trazidos digital e desnecessariamente de volta à vida em “The Flash” apenas para gerar nostalgia barata na plateia. Tudo em nome de atrair fãs, sem preocupação alguma com a coerência narrativa.

DC Studios quer trilhar caminho diferente

Agora à frente dos rumos criativos da DC, Gunn afirma que quer mudar essa cultura de colocar personagens conhecidos em produções só pela popularidade, sem propósito para a trama.

Ele garante que os super-heróis já confirmados para o novo filme do Superman, como Guy Gardner e Metamorfo, não serão meros “cameos” ou “checkbox”, e terão papéis relevantes para a história.

Contradições à parte, comentários fazem sentido

Embora as declarações de Gunn soem hipócritas, elas fazem sentido. Cameos podem ser um agrado para fãs se feitos com moderação e integrados organicamente à trama.

O problema é quando estúdios forçam a barra para enfiar personagens conhecidos em narrativas alheias apenas para vender ingressos ou assinaturas de streaming, sem preocupação artística.

Resta saber se o novo “filho pródigo” da DC conseguirá seguir seus próprios conselhos ou se continuará suas habituais cambalhotas criativas conforme a conveniência do momento. Os fãs aguardam ansiosos para ver qual versão do todo-poderoso Gunn emergirá no comando do Universo DC.

 

Doctor Who “troca de raça” de Isaac Newton e gera polêmica

Publicidade
Publicidade