Há 30 anos, O Rei Leão ensinava a Disney como lucrar sem lacrar

Disney

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Com bilheteria equivalente a U$ 1,6 bi, a produção da Disney brilhava em uma era distante da cultura woke

Por Claudio Dirani

No Brasil, o Plano Real estava apenas engatinhando. Porém, bem perto de aplicar um ippon na inflação descontrolada. A fase era das melhores também para a Seleção Brasileira de Dunga e Bebeto, que só esquentava as chuteiras para comemorar o tetracampeonato na Copa dos Estados Unidos.

Tudo muito bom, tudo muito bem… mas e o cinema? Ao olharmos para o espelho retrovisor, especificamente 30 anos atrás, a situação de Hollywood dava show de qualidade.

Que tal fazer uma viagem rápida no tempo?

Os campeões de bilheteria de 1994

O líder das bilheterias no ano de 1994 foi ninguém menos que o todo-poderoso imperador do mundo animal. Sim, leitores nostálgicos do Se Liga Nerd: O Rei Leão, da Disney, assumiu solitário a primeira posição do cinema mundial há exatas três décadas, com mais de U$ 763 milhões arrecadados.

Trata-se de uma animação em 2D, no bom e tradicional estilo dos criadores do Mickey, mas que não economizou em bom gosto – tanto no roteiro (uma adaptaçãod e Hamlet, de William Shakespeare), como na canção-tema de Sir Elton John, a balada “Can You Feel The Love Tonight” – vencedora de Melhor Canção Original no Oscar 1995.

No segundo lugar do“Pódio Olímpico” de Hollywood, temos o segundo colocado do box office global. Com direção caprichada de Robert Zemeckis e atuação soberba de Tom Hanks, o vencedor do Oscar, Forrest Gump – O Contador de Histórias, se consagrou com a medalha de prata há 30 anos. Ao todo, a comédia dramática arrecadou US$ 678 milhões no saudoso 1994.

Bem atrás de nosso velocista Forrest, aparece o terceiro colocado e medalha de bronze do ano em um longa sensacional – particularmente para a legião de admiradores de Arnold Schwarzenegger: True Lies, uma excelente comédia que combina espionagem e aventura e ainda conta no elenco de apoio nomes como o do saudoso Bill Paxton (No Limite do Amanhã) e Jamie Lee Curtis (Halloween Kills). 

 

O Top 10 de Hollywood há 30 anos

Sem ganhar medalha – mas com qualidade de sobra – não podemos deixar de fora os demais concorrentes que completam o Top 10 das bilheterias de 1994.

São eles: O Máskara (US$ 351 milhões), Velocidade Máxima (US$ 350 milhões), Os Flintstones (US$ 341 milhões), Debi & Lóide (US$ 247 milhões), Pulp Fiction – Tempo de Violência (US$ 221 milhões), Perigo Real e Imediato (U$ 214 milhões) e Meu Papai é Noel (US$ 190 milhões).

Da lista acima, que abrange do 4º ao 10º colocado nas bilheterias mundiais em 1994, destaque para o ator Jim Carey, que brilhou como protagonista em duas produções (O Máscara e Debi & Lóide), somando U$ 589 milhões.

E para quem acha que os números são meia boca, não dá para esquecer da inflação. Corrigido pela variação de preços dos últimos 30 anos nos Estados Unidos, U$ 1 em 1994 seria o equivalente a US$ 2,12 em 2024.Com isso, o total arrecadado por O Rei Leão hoje seria o mesmo que US$ 1,6 bilhão. Nada mal, em Disney…

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