O mundo glamouroso de Hollywood vive dias sombrios. Já se passaram mais de 50 dias desde o início da greve dos atores, que paralisou as produções dos grandes estúdios, e não há sinal de acordo no horizonte. Enquanto astros de cinema e TV cruzam os braços, os executivos mantêm uma postura irredutível, recusando-se a voltar à mesa de negociação.
A entidade que representa os artistas, o Sindicato dos Atores (SAG-AFTRA), acusa os estúdios de prolongarem propositalmente a crise, numa tentativa de enfraquecer a categoria. Já a Associação dos Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP), que defende os interesses patronais, alega não ter pressa para chegar a um consenso.
Em artigo publicado na revista Variety, o negociador Duncan Crabtree-Ireland não escondeu sua frustração. Segundo ele, apesar das sucessivas tentativas do sindicato de retomar o diálogo, a AMPTP segue irredutível, limitando-se a responder com um “não” categórico.
Postura irracional
Crabtree-Ireland classificou a postura dos estúdios como “irracional”, uma vez que a greve só pode acabar por meio de entendimento. Na visão do representante dos artistas, os magnatas de Hollywood parecem dispostos a prolongar indefinidamente a paralisação, como forma de punir os trabalhadores.
O impasse, que completou dois meses, provoca prejuízos milionários e compromete o lançamento de filmes e séries altamente aguardados. A cada dia que passa, cresce o temor de que a indústria cinematográfica americana entre em colapso, sem conseguir se recuperar da maior crise de sua história.
Desgaste
Além do desgaste financeiro, especialistas alertam para os danos irreparáveis à reputação de Hollywood como sinônimo de glamour e fabulosidade. A imagem de astros milionários protestando nas calçadas por melhores condições pode significar um golpe definitivo nessa aura de magia construída ao longo de décadas.
Nesse cenário sombrio, o futuro se apresenta nebuloso. Enquanto os dois lados travam uma guerra de nervos, os analistas se perguntam até quando os cofres de Hollywood suportarão a sangria. E, mesmo que os estúdios saiam vitoriosos, a indústria dificilmente voltará a ser a mesma. A magia parece estar com os dias contados.
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