A The Pokémon Company anunciou recentemente que abriu uma investigação sobre possíveis infrações de propriedade intelectual no novo jogo Palworld, da Pocket Pair Inc. O game, que mescla mecânicas de Pokémon e survival como Ark, permite que o jogador capture criaturas chamadas “Pals” para ajudá-lo na exploração e sobrevivência no arquipélago fictício de Palapagos.
Sucesso estrondoso gera polêmica
Lançado no início de janeiro, Palworld rapidamente se tornou um sucesso de vendas, chegando a mais de 8 milhões de cópias vendidas uma semana após o lançamento. Também estabeleceu o recorde de segunda maior quantidade simultânea de jogadores em jogos pagos da Steam, com impressionantes 2 milhões de tamers online ao mesmo tempo.
Porém, com a popularidade repentina também vieram as críticas, principalmente de fãs ferrenhos de Pokémon que acusavam Palworld de plágio descarado nas criaturas e designs do game.
Semelhanças geram acusações exageradas
De fato, algumas criaturas de Palworld guardam certas semelhanças com Pokémons famosos. Por exemplo, o fofo Lamball lembra Mareep e o insetóide Grizzbolt, Electabuzz.
Ainda assim, boa parte das acusações parece exagerada, baseada em interpretações deturpadas de elementos comuns de design de personagens. Por exemplo, acusaram o game de usar IA para gerar assets simplesmente porque o CEO da Pocket Pair Inc. havia demonstrado interesse pela tecnologia.
Investigação Pokémon gera incertezas
Apesar das evidências fracas e acusações exageradas de plágio, as reclamações parecem ter sensibilizado a The Pokémon Company, que publicou um comunicado anunciando uma investigação sobre possíveis violações de propriedade intelectual.
A Pocket Pair Inc. ainda não comentou sobre a investigação Pokémon. Resta saber se as acusações procederão e se Palworld terá que fazer alterações em seus monstrinhos. Especialistas acreditam ser improvável que a investigação leve a alguma condenação, dado o exagero das alegações.
Indústria de games se torna Velho Oeste
De toda forma, o caso mostra o quão protecionistas fãs de franquias consolidadas como Pokémon podem ser com qualquer jogo que ouse adentrar território semelhante. É como se virassem xerifes implacáveis, prontos a linchar o primeiro forasteiro que aparecer na cidade sem dó nem piedade.
Será que a indústria dos games está virando uma espécie de Velho Oeste, onde qualquer novato que apareça é alvo de linchamento moral sem direito a julgamento justo? Talvez seja hora do polícia chegar para pôr ordem na casa e separar os inocentes dos verdadeiros foras-da-lei.
De qualquer forma, espera-se que a investigação esclareça as acusações e que justiceiros implacáveis não tolham a criatividade de talentosos desenvolvedores indie como a Pocket Pair Inc. A diversidade de estilos de jogo só tem a enriquecer esse mercado em expansão.
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