Em um mundo onde as narrativas de Hollywood estão cada vez mais impregnadas pela cultura woke, parece que até o lendário James Bond não conseguiu escapar. Autor Charlie Higson, com a benção da Ian Fleming Publications, aventurou-se a escrever um novo romance para celebrar a coroação do Rei Charles III, intitulado “On His Majesty’s Secret Service”. A expectativa era de que o livro trouxesse uma experiência recheada de sexo, violência, carros luxuosos e, claro, o enigmático Bond. Mas, ao que parece, a promessa foi substituída por uma dose pesada de política moderna “woke”. Vamos mergulhar nesta crítica contundente da cultura woke que está alterando a face de nossas amadas franquias.
Um Bond Woke?
O novo livro não apenas apresenta um vilão associado ao ex-presidente Trump, mas também parece que Bond, conhecido por suas aventuras românticas, agora se encontra em uma relação “situationship” com uma advogada de imigração que tem permissão para se relacionar com outros homens. Um desdobramento que nos faz questionar: a complexidade e o charme do personagem estão sendo diluídos em nome da inclusão moderna?
Bond embarca em uma missão para desmantelar uma grande conspiração de direita na Hungria de Viktor Orban, com o objetivo de prevenir um ataque terrorista na coroação de Charles. A narrativa parece não mais ser sobre a luta do bem contra o mal, mas sim uma crítica direta e bastante parcial às figuras políticas conservadoras da atualidade.
Interessantemente, o livro faz uma tentativa um tanto irônica de destacar a falta de “diversidade” ou representação “de pessoas com deficiência” na reunião dos vilões. Este é um exemplo clássico de como a cultura woke está tentando impor uma narrativa forçada até mesmo nas histórias fictícias.
Resposta dos Críticos
Críticos de várias frentes não pouparam palavras para expressar sua insatisfação com esta nova direção “woke” que a série tomou. Joel Abbott, do NotTheBee, e Niall Gooch, do The Spectator, juntaram-se a muitos outros ao denunciar a pandering às políticas culturais de extrema esquerda.
O declínio do padrão de Hollywood é evidente na maneira como os vilões são retratados nas narrativas modernas. Como Abbott apontou, os escritores de Hollywood parecem ter perdido a capacidade de criar vilões críveis, substituindo-os por caricaturas políticas. Uma representação clara desta deterioração pode ser vista na figura do vilão principal do livro, que parece uma referência direta a Nigel Farage, um proponente do Brexit.
Um Alerta para a Cultura Moderna
A incorporação da ideologia woke em Hollywood e na literatura moderna é algo que deve ser visto com um olhar crítico. A manipulação de personagens icônicos para servir a uma agenda política pode levar à degradação da qualidade e do charme que uma vez definiram essas histórias.