Trajetória de quatro décadas no cinema
James Foley nasceu no Brooklyn em 28 de dezembro de 1953 e estreou como diretor em “Reckless” (1984). Dois anos depois concorreu ao Urso de Ouro com “Caminhos Violentos”, estrelado por Sean Penn e Christopher Walken.
Nos anos 1990, entregou seu filme mais celebrado: “Glengarry Glen Ross – O Sucesso a Qualquer Preço” (1992), adaptação da peça de David Mamet com elenco estelar liderado por Al Pacino e Jack Lemmon. A produção consolidou Foley como diretor de dramas tensos e diálogos afiados.
Parceria com Madonna e sucessos de bilheteria
Foley dirigiu três videoclipes icônicos de Madonna — “Papa Don’t Preach”, “True Blue” e “Live to Tell” — além do filme “Who’s That Girl?” (1987) e do documentário-concerto “Madonna Live: The Virgin Tour”. Nos anos seguintes variou entre thrillers (“Medo”, 1996; “Confidence”, 2003) e o blockbuster erótico “Cinquenta Tons Mais Escuros” (2017) e sua continuação (2018), que arrecadaram juntos mais de US$ 700 milhões mundialmente.
Passagens marcantes pela televisão
Na TV, Foley dirigiu o episódio “Gotta Light?” de “Twin Peaks” em 1991 e 12 capítulos da premiada “House of Cards” entre 2013 e 2015, ajudando a definir o tom sombrio da série política.
Doença e falecimento
Segundo comunicado da família, o diretor lutava discretamente contra um tumor cerebral havia um ano e morreu em paz, aos 71 anos, em 6 de maio de 2025. Colegas como Al Pacino e Reese Witherspoon publicaram tributos, enaltecendo seu olhar preciso e calma no set.
Legado
Entre o neo-noir, o videoclipe pop e o drama de bastidores, James Foley mostrou que estilo autoral e versatilidade podem andar juntos. Seu trabalho permanece estudo obrigatório em escolas de cinema e inspiração para quem busca transitar entre gêneros sem perder identidade.
Bastidores: Madonna teria sido rejeitada pela woke Hollywood?