No filme Superman (2025), James Gunn, co-CEO da DC Studios, revitaliza a icônica rivalidade entre o Homem de Aço (David Corenswet) e Lex Luthor (Nicholas Hoult), priorizando a astúcia intelectual sobre confrontos físicos — uma abordagem que ecoa a reinvenção de Mysterio (Jake Gyllenhaal) em Homem-Aranha: Longe de Casa (2019), provando que cérebro pode superar músculos em narrativas de super-heróis.
A trama inicia com Superman sendo brutalmente atacado pelo “Martelo da Borávia”, um suposto vingador nacional. Revela-se, porém, uma armadilha de Luthor: o atacante é Ultraman, um clone de Superman controlado remotamente por Luthor e seus capangas. Enquanto o clone absorve os golpes, Luthor orquestra a batalha de seu quartel-general, declarando “cérebro vence músculos” ao expor a vulnerabilidade do herói.
Semelhante a Mysterio, que usa ilusões para manipular Peter Parker, Luthor dedica três anos estudando Superman, coletando amostras de sangue para criar o clone e manipulando o líder da Borávia como pretexto. A luta serve de distração para Luthor invadir a Fortaleza da Solidão, visando evidências para desacreditar o alienígena na opinião pública. Ambos vilões exibem paciência — Mysterio recruta ex-funcionários da Stark; Luthor planeja meticulosamente — e arrogância, com monólogos reveladores após capturar suas presas.
Gunn mantém fidelidade à visão de Grant Morrison em All-Star Superman (2005-2008), onde Luthor, cientista brilhante, se vê como salvador humano contra a “ameaça” de Superman, simbolizando ambição terrena. Essa dinâmica ganha profundidade no DCU de Gunn, questionando poder absoluto, mas suscita críticas: em eras de excessos woke, tais retratos podem ser diluídos por narrativas ideológicas de inclusão forçada, suprimindo debates sobre vilania autêntica e potencial humano objetivo.
Gunn eleva a rivalidade, transformando Luthor em adversário cerebral imbatível.