Kelsey Grammer censurado por apoiar Trump

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Nos últimos anos na indústria do entretenimento, parece que com muita frequência atores, diretores e qualquer pessoa associada a Hollywood não tem problemas em compartilhar suas visões políticas, desde que sejam de esquerda e se encaixem na bolha ideológica dominante.

Mas vez ou outra surge um outlier, alguém que diz que na verdade vota nos Republicanos, apoia Trump ou tem opiniões conservadoras. E aparentemente isso é inaceitável e não pode acontecer. Estamos bem em ter gente fazendo campanha e arrecadando fundos para candidatos Democratas, mas assim que alguém expressa uma opinião que quase metade dos americanos concorda, como apoiar Trump, essa pessoa tem que ser calada.

Foi exatamente o que ocorreu recentemente com Kelsey Grammer, ator conhecido pela série Frasier e que interpretou o Fera nos filmes X-Men. Ele acaba de aparecer como Fera no final de “Os Marvels” e está fazendo a divulgação da nova série reboot de Frasier. Só que Grammer disse algo inaceitável pelo menos de acordo com os padrões de Hollywood.

Entrevista cancelada após declaração pró-Trump

De acordo com os relatos, a entrevista de Kelsey Grammer para um podcast da BBC foi abruptamente interrompida pela Paramount+ depois que o ator expressou seu apoio a Donald Trump. A assessoria de imprensa do estúdio teria cortado a conversa para que Grammer não pudesse se aprofundar sobre suas visões políticas.

Isso porque aparentemente qualquer opinião que destoe da bolha progressista de Hollywood é um risco à imagem das produções. Não importa que Trump tenha sido apoiado por cerca de metade do eleitorado – expressar tal posicionamento vai contra os valores da indústria.

Hipocrisia e censura

O caso escancara a hipocrisia e os dois pesos e duas medidas que vigora quando o assunto é política. Ativistas e artistas de esquerda têm plena liberdade para fazer campanha e se expressar sem nenhuma repercussão negativa ou censura.

Mas caso alguém ouse ter uma visão conservadora ou pró-Trump, vira um escândalo que precisa ser contido. Essa postura censora e tendenciosa não conta com a aprovação da maioria dos americanos, que prezam pela liberdade de expressão irrestrita.

Resta saber se outros astros de Hollywood como Tim Allen, Clint Eastwood e Jon Voight – todos republicanos assumidos – também sofrem boicotes e veto caso manifestem suas reais opiniões políticas publicamente hoje em dia.

 

A Nocividade do Identitarismo – por Rafael Candido de Oliveira (Psicólogo)

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