Se Liga Nerd

Kraven, o Caçador: novo trailer da produção até parece bacana, mas…

Kraven sem Aranha, Filme sem bilhão

Longa da Sony não terá seu inimigo maior, o Homem-Aranha

Por Claudio Dirani

Depois do retumbante fracasso de Madame Teia, a Sony está de volta ao universo Marvel como um dos vilões mais selvagens da Casa das Ideias: Kraven, o Caçador

A produção – que entra na mesma categoria de Deadpool & Wolverine, com classificação etária para maiores de 18 anos – chegará somente às salas de cinema a partir de 3 de dezembro, dois meses depois de Venom: A Última Dança. 

Com Aaron Taylor-Johnson na pele do russo Sergei Kravinoff (o mesmo ator que interpretou o mutante Mercúrio em Vingadores: Era de Ultron), a trama – como revela o trailer divulgado nesta quarta-feira (14) – orbita em torno da origem do personagem criado por Stan Lee e Steve Ditko, e que completou neste mês 60 anos desde sua primeira aparição na edição nº 15 de  The Amazing Spider-Man.

Datada de agosto de 1964, a história foi reeditada pela editora Panini em 2023, incluída em um volume de luxo que ainda apresenta como destaque o clássico Homem-Aranha: A Última Caçada De Kraven*.

(*Nota do autor: presente que acabo de receber de meu filho Lucas neste Dia dos Pais!)

Embora o novo trailer do longa dirigido por J.C. Chandor tenha suas qualidades, a aventura protagonizada por mais um vilão da Marvel corre o risco de perder o sentido. Cercado por ótimo elenco (especialmente por Russell Crowe, que atuou com um Zeus bastante nerfado em Thor: Amor e Trovão), Kraven, o Caçador deve confundir, principalmente, quem acompanha com assiduidade as HQs do Homem-Aranha.

Treinado na selva, onde adquiriu super força graças a uma combinação de ervas especiais, o imigrante russo que sofreu na infância com os maus tratos de seu pai, Nikolai (Crowe), desponta nos quadrinhos por ser um caçador lunático, que tem como obsessão capturar o escalador de paredes à qualquer prova.

Kraven – e a oportunidade perdida

Na opinião do Se Liga Nerd, Kraven, o Caçador corre risco de ser mais uma grande oportunidade perdida pela Marvel/Sony. Como já citado nesta matéria, os estúdios poderiam aproveitar todo o escopo do clássico A Última Caçada de Kraven, em vez de focar apenas no surgimento do personagem.

Publicada em 1987 – e distribuída pelas páginas de Web of Spider-Man(31–32), The Amazing Spider-Man (293–294) e Peter Parker, the Spectacular Spider-Man (131–132) – a sombria saga é considerada uma obra-prima dos quadrinhos.

Criada pela dupla J. M. DeMatteis (argumento) e Mike Zeck (arte), A Última Caçada de Kraven se passa na fase em que Peter Parker usava o traje negro, mas já sem a presença do simbionte oriundo de Guerras Secretas, e que logo se tranformaria em Venom ao possuir o jornalista Eddie Brock.

Na trama, Kraven não só consegue capturar o Homem-Aranha, como o substitui pelas ruas de Nova York usando o seu uniforme. A grande diferença é que o “novo Aranha” passa a matar cruelmente suas vítimas durante suas costumeiras patrulhas noturnas, arranhando ainda mais a reputação do herói.

Sem estragar as surpresas para quem ainda não conferiu A Última Caçada de Kraven, a aventura ainda apresenta Edward Whelan – o geneticista transformado no escatológico Rattus pelo Barão Zemo, um dos arqui-inimigos do Capitão América.

 

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