Madame Teia: Filme sofreu refilmagens por confusão entre versões do Homem-Aranha

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O futuro do Homem-Aranha no Universo Sony Pictures está repleto de teias emboladas. Segundo informações vazadas recentemente, o filme “Madame Teia”, protagonizado por Dakota Johnson no papel da misteriosa Madame Teia, precisou passar por grandes refilmagens devido a uma confusão interna entre qual versão do herói aracnídeo estaria conectada ao longa.

Inicialmente, o roteiro do filme se passaria na década de 1990 e teria conexão com o Peter Parker/Homem-Aranha vivido por Andrew Garfield na dupla de filmes “O Espetacular Homem-Aranha” e “O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro”.

No entanto, em algum momento durante a pré-produção, a produtora Sony Pictures decidiu mudar essa ligação para a versão mais recente do personagem, interpretada por Tom Holland nos filmes do Marvel Cinematic Universe como “Homem-Aranha: De Volta ao Lar”, “Homem-Aranha: Longe de Casa” e “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa”.

Refilmagens causadas por erro de coerência na linha do tempo

De acordo com o renomado jornalista Jeff Sneider, especializado na cobertura dos bastidores da indústria cinematográfica de Hollywood, as extensas refilmagens pelas quais “Madame Teia” passou tiveram o objetivo de remover referências aos anos 90 presentes no roteiro original e consertar inconsistências na linha do tempo entre esse filme e os longas do Homem-Aranha estrelados por Tom Holland.

“Foi um erro grotesco de matemática e falta de atenção aos detalhes”, disse Sneider em seu popular podcast. “Parece que alguém lá nos altos escalões dos estúdios Sony e Marvel se atrapalhou todo com as datas e idades dos personagens entre um universo e outro”.

A princípio, a lógica da trama fazia sentido ao se passar anos antes dos eventos atuais do Universo Spider-Man da Sony, tendo o Peter Parker de Andrew Garfield como o herói aracnídeo daquela realidade.

Mas ao forçar uma conexão com o very young Peter Parker de Tom Holland sem o devido cuidado com a progressão cronológica dos acontecimentos, causou-se um estranhamento e incongruências que precisaram ser consertadas às pressas.

EstúdiosShould valorize mais histórias isoladas

Mais uma vez, vemos como a ânsia dos grandes estúdios de Hollywood em criar universos cinematográficos interconectados e mega franquias com numerosos spin-offs e forced crossovers pode sacrificar a qualidade e coerência das produções individuais.

Será que não valeria mais a pena focar em contar boas histórias isoladas, com começo, meio e fim, para depois pensar em conexões orgânicas entre elas?

Em vez de grudar um monte de personagens díspares à força em uma mesma realidade, não seria preferível construir mitologias consistentes em torno de cada um individualmente antes de promover qualquer crossover?

“Espero que os dirigentes da Marvel e da Sony reflitam sobre isso e passem a respeitar mais a integridade criativa dos roteiristas e cineastas, em vez de ficar forçando essas mega-franquias goela abaixo dos fãs”, desabafou um famoso youtuber e podcaster especializado em cinema.

Enquanto os fãs do supopular herói da vizinhança torcem para que esse embaraçamento de teias resulte ao menos em um filme decente, só nos resta esperar pela estreia de “Madame Teia”, marcada para Fevereiro aqui no Brasil.

Em meio a tantos rebootings constantes, trocas de atores, reconfigurações de timelines e criação forçada de universos compartilhados, já não dá mais para acompanhar qual versão do Amigão da Vizinhança é considerada canônica pela Sony e pela Marvel Studios em determinado momento.

 

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