Mágica da Disney desapareceu à medida que empresa admite odiar os valores da familia tradicional

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A “mágica” que um dia envolveu o império Disney parece estar se esvaindo. Um novo relatório divulgado pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) mostra que a gigante do entretenimento está ciente de que seus valores não mais se alinham com as preferências do público por filmes, séries, parques temáticos e produtos de consumo.

Queda nos resultados financeiros

De acordo com o documento, a Disney enfrenta riscos consideráveis devido à “divergência com os gostos e preferências do público e dos consumidores por entretenimento, viagens e produtos de consumo”. Isso impacta diretamente a demanda por suas ofertas de diversão e compras, prejudicando a lucratividade dos negócios.

Buzz (Chris Evans) observa enquanto Alisha Hawthorne (Uzo Aduba) e sua esposa, Kiko, comparecem à formatura faculdade de seu filho em Lightyear, Pixar Animation Studios (2022) via Blu-ray

Recentemente, filmes de animação como “Mundo Estranho” e “Desejo de Uma Véspera de Ano Novo” decepcionaram bastante nas bilheterias, aquém do esperado para importantes lançamentos dos estúdios Disney e Pixar. Vários projetos do estúdio Marvel para o cinema e TV também têm dividido críticas e audiência.

Além dos parques, a Disney também registrou queda de 14% na receita publicitária doméstica em seus canais de streaming, reflexo da redução média de telespectadores. Menos consumidores têm assistido e acessado os produtos Disney nos últimos meses.

Agenda política afasta famílias

A principal razão para esse declínio parece ser o foco da empresa em pautas políticas e sociais que alienaram seu público majoritário: as famílias conservadoras. Pais são os que mais influenciam no consumo de entretenimento infantil.

Penny (Kayla Pratt), Zoey (Soleil Moon Frye), Michael (EJ Johnson), Dijonay (Karen Malina White) e Maya (Keke Palmer) se opõem ao governo dos Estados Unidos em A Família Proud: Mais Alto e com Orgulho Temporada 2 Episódio 3 “Encurvada” (2023), The Walt Disney Company

Séries como “A Família Proud: Mais Alto e com Orgulho” inseriram de forma forçada temas como ativismo LGBTQIA+ e esquerdismo, que não são bem recebidos pela maioria dos pais. Polêmicas como a controvérsia da Disney com legislação educacional da Flórida também geraram mal-estar em antigos admiradores.

Promessa de mudança

Diante desse cenário desafiador, o CEO Bob Iger, que retornou ao comando da empresa, prometeu aos investidores “silenciar o barulho” em torno do ativismo politizado e voltar a focar nos personagens e histórias que construíram o sucesso histórico dos estúdios.

Robert A. Iger, Presidente Executivo e Presidente do Conselho de Administração, na Investor Day 2020 da The Walt Disney Company.

No entanto, críticos questionam se Iger conseguirá efetivamente afastar a Disney da agenda progressista, já que nos últimos anos ela se posicionou contra políticas conservadoras e abraçou pautas como diversidade e inclusão em seu conteúdo infantil, o que continua desagradando muitas famílias.

Reconquistando a confiança do público

Especialistas avaliam que a Disney precisa reconquistar verdadeiramente a confiança das famílias, base histórica de sua audiência. Caso contrário, seu declínio cultural e financeiro tende a se aprofundar.

A empresa conquistou sua posição dominante no mercado global de entretenimento sendo sinônimo de valores familiares tradicionais. Abandonar essa identidade parece ter provocado uma rejeição significativa dos consumidores, como os números têm mostrado.

Resta saber se Iger conseguirá superar os interesses políticos e progredir em suas promessas de correção de rota antes que seja tarde demais. A “magia” da Disney certamente depende disso para não se tornar nostalgia do passado.

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