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Marvel “lacra” ao empurrar o poliamor entre Wolverine, Ciclope e Jean Grey. Todos estamos cansados disso.

A intrincada narrativa de Wolverine, Ciclope e Jean Grey vem se desenrolando nas edições de X-Men por várias décadas. Entretanto, a recente Era Krakoana, inaugurada por Jonathan Hickman em 2019, resolveu embarcar na onda de superficialidade e modismo ao forçar um relacionamento poliamoroso entre os três.

Com a publicação de X-Men: Hellfire Gala 2023 #1 nesta semana, a editora decide, de forma abrupta e mal justificada, oficializar este trisal. Tudo ocorre em meio ao ataque da organização supremacista antimutante Orchis, durante o evento Hellfire Gala, em Krakoa. Numa situação incoerente, em meio à tragédia, decide-se tratar de questões amorosas.

Na ilustração retirada de uma edição de Marvel Comics, a personagem Jean Grey, integrante dos X-Men, é mostrada em seus momentos finais. Em um cenário de caos e desespero, ela expressa seu amor por Ciclope, seu companheiro de longa data. A intensidade do momento é capturada pela expressão dolorosa de Jean e pelos traços marcantes da arte, enfatizando a emoção do seu último adeus.
Jean Grey, em seu momento final, confessa seu amor por Ciclope (Imagem: Reprodução/Marvel Comics)

A superficialidade dos relacionamentos na atualidade parece se refletir em X-Men: Hellfire Gala 2023 #1. Um ataque inesperado mata vários heróis e atinge até 250 mil residentes da ilha de Krakoa. Entre as vítimas está Jean Grey, que em seu último suspiro declara amor a Ciclope e Wolverine.

Jean Grey, antes de morrer, também diz que amou Wolverine (Imagem: Reprodução/Marvel Comics)

Na atual Era Krakoana, parece que as profundas questões e conflitos pessoais de Wolverine e Ciclope foram deixados de lado para dar lugar à “modernidade” de um relacionamento poliamoroso. A Marvel parece querer seguir a tendência de abordar questões sexuais de maneira superficial e oportuna, esquecendo-se da profundidade e complexidade que antes caracterizavam seus personagens.

É lamentável que em 2023, a representação de relações amorosas seja reduzida a um jogo de sinalização de virtude. Onde antes os personagens eram explorados em sua profundidade, hoje são vítimas de uma tentativa falha de se adequar a novas tendências. A cultura mutante em Krakoa, que poderia ser uma oportunidade para discutir questões profundas e relevantes, acaba sendo usada para chamar atenção de maneira superficial. A Marvel precisa reencontrar o equilíbrio entre inovação e respeito à história de seus personagens.

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