A série “With Love Meghan”, lançada pela Netflix em março deste ano, continua gerando polêmica. Após um início marcado por críticas negativas e alegados fracassos em testes de audiência, novas controvérsias surgiram em torno de declarações feitas por sua produtora e protagonista, Meghan Markle.
Em recente pronunciamento público, Markle abordou as críticas recebidas pelo programa, atribuindo-as principalmente aos “problemas crescentes relacionados às redes sociais”. Segundo ela, suas palavras durante a série teriam sido “tiradas de contexto”, especialmente uma cena viral onde, ao ser chamada de “Meghan Markle” pela comediante Mindy Kaling, ela responde: “Sou Sussex agora”.
Esta cena em particular gerou significativa repercussão online, com muitos espectadores interpretando o momento como uma demonstração de arrogância. Em sua defesa, Markle afirmou: “Nunca, em nenhum momento, disse ‘Sou Sussex agora’ no sentido literal como as pessoas interpretaram. Também nunca corrigi a grande Mindy Kaling, que agora é uma grande amiga minha.”
No entanto, críticos e espectadores apontam que o contexto da cena parece contradizer esta explicação, já que o momento mostra claramente uma correção quanto à forma como Kaling a havia chamado, independentemente de ter sido um segmento roteirizado ou espontâneo.
Discrepâncias nos Detalhes da Produção e Reação da Netflix
Além da controvérsia sobre o conteúdo do programa, surgiram questionamentos sobre declarações de Markle referentes aos detalhes da produção. Em seu pronunciamento, ela mencionou que a série foi filmada em “uma bela casa avaliada em mais de 20 milhões de dólares na Califórnia” e descreveu o local como “6.500 pés quadrados de majestade”.
Investigações de veículos especializados em produções televisivas, no entanto, indicam que a propriedade utilizada para as filmagens teria um valor aproximado de 8 milhões de dólares e uma área de aproximadamente 4.500 pés quadrados, substancialmente menos do que o declarado por Markle.
Estas discrepâncias alimentaram críticas sobre a autenticidade da apresentadora e produtora, em um momento já delicado para a Netflix. Segundo fontes da indústria, o CEO Greg Peters estaria trabalhando intensamente em estratégias de controle de danos, em resposta tanto às críticas ao programa quanto à possível perda de assinantes que estaria ocorrendo desde seu lançamento.
Em meio às controvérsias, Markle também sugeriu que as críticas negativas ao programa seriam motivadas por preconceito: “Acho que as críticas que recebemos foram absolutamente horríveis. Obviamente vieram de indivíduos descontentes que são contra algo relacionado a mulheres, e esse é o maior problema que enfrentamos hoje, tanto no cinema quanto na televisão.”
Enquanto a Netflix não se pronunciou oficialmente sobre o futuro da série, rumores na indústria sugerem que houve ajustes no nível de controle criativo de Markle sobre alguns episódios. A plataforma, que recentemente aumentou os preços de seus planos de assinatura, enfrenta crescente competição de serviços como Peacock, HBO Max e Amazon Prime Video, tornando o sucesso de suas produções originais ainda mais crucial para a retenção de assinantes.
O caso ilustra os desafios enfrentados pelas plataformas de streaming ao apostarem em personalidades de alto perfil para produções originais, especialmente quando estas não atendem às expectativas de audiência ou geram controvérsias que podem afetar a percepção pública tanto do conteúdo quanto da plataforma como um todo.
