Por Claudio Dirani
O astro que ama “aborrecer lacradores”
Nos últimos dias, o “Shazam” Zachary Levi travou uma batalha verbal com a super woke Whoopi Goldberg por um motivo óbvio: a proporção de atores que se declaram conservadores na esquerdista Hollywood é 101% irregular. Ou seja: excluindo uma dezena, ou pouco mais do que isso, o cinema é dominado por adeptos ao “socialismo caviar”.
Aqui no Se Liga Nerd, vamos direto ao ponto nevrálgico. Na sequência de nossa série de “perfis conservas”, Mel Gibson entra como um dos alvos favoritos da mídia progressista, após mergulharmos fundo na trajetória dos astros raiz Denzel Washington e Clint Eastwood.
Mel Gibson: o preço de rodar A Paixão de Cristo
O momento, o motivo e o aguardado desenrolar dos fatos são como cartas marcadas na trajetória de Mel Gibson no showbiz. Após cultivar milhões de fãs com o protagonismo nas franquias Mad Max e Máquina Mortífera, além de incontáveis produções de sucesso, o galã mezzo americano, mezzo australiano, também despontou como um diretor de mão cheia, conquistando, inclusive o Oscar pelo inesquecível Coração Valente (1995).
Pai de 9 filhos e católico fervoroso, Gibson nunca foi um dos queridinhos de Hollywood. Exatamente o oposto. A situação do cineasta, aliás, começou a degringolar justamente após levar para casa a estatueta da Academia. Isso porque organizações LGBT o acusaram de satirizar o filho do Rei Eduardo I, da Inglaterra, como se Gibson houvesse tripudiado sua sexualidade.
Mas o verdadeiro rolo compressor da mídia lacradora ainda seria ligado – e com força total – contra sua reputação. Ao ousar retratar ao pé da letra o calvário de Nosso Senhor no cinema em A Paixão de Cristo (2004), não somente Gibson como o protagonista Jim Caviezel passariam a amargar a sina de ser excluído dos melhores papéis e oportunidades na indústria.
Mel Gibson: “Não dou a mínima sobre ser humilhado em público”
As raízes conservadoras de Mel Gibson sempre deixaram o astro distante das listas de queridinhos da indústria. Durante a divulgação do excelente O Fim da Escuridão (2010) – quando a cultura woke ainda, digamos, engatinhava, Mel foi questionado sobre a perseguição feita pela mídia em diferentes fases de sua carreira.
Sem meias palavras, o ator – que interpreta um agente da política de Boston – mandou a real: “Eu não dou a mínima sobre ser humilhado em público”.
A mesma sinceridade sobre a situação atual da cultura pop se transformou em um conselho para o parceiro de longa data, Jim Caviezel, que se prepara para retomar o papel de Jesus Cristo em A Paixão de Cristo: Ressurreição, atualmente em fase de produção.
“Mel me alertou: você tem certeza de que deseja fazer esse papel? Isso irá arruinar sua carreira”, revelou Caviezel, ao comentar sobre a hipótese de abraçar a vida de Cristo mais uma vez e enfrentar o submundo de Hollywood, que é notoriamente anti-cristão.
Jim Caviezel, aliás, encarou mais um desafio ao lado de Mel Gibson que deixou o establishment atormentado: o longa policial Som da Liberdade, que aborda o tráfico de crianças na América Latina. No caso, Mel Gibson é creditado como produtor-executivo da trama.
A exibição do filme estremeceu os bastidores da fama – principalmente, por ter sido lançado relativamente próximo do escândalo envolvendo o magnata Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual em sua ilha privada Little St. James, no Caribe.
Som da Liberdade x woke
Rodado em 2018 – mas lançado somente em 2023 – Som da Liberdade estremeceu a horda woke – o que deixou Mel Gibson particularmente gratificado.
A CNN, por exemplo, classificou o filme estrelado por Caviezel no papel do ex-agente federal Tim Ballard como “gerador de medo e pânico” e associado ao Q Anon – uma teoria conspiratória ligada a Donald Trump contra a ação de pedófilos.
Já o Washington Post chegou a cravar que Som da Liberdade seria uma “fraude”, enquanto o inglês The Guardian ligou os produtores do drama ao ex-conselheiro de Trump, Steve Bannon.
O impacto causado por Som da Liberdade, entretanto, resgatou uma antiga entrevista concedida por Gibson durante a promoção de Máquina Mortífera 4 (1998). Na conversa, o ator recorda sua chegada a Los Angeles e como ele hoje conclui que suas suspeitas sobre a indústria estavam certas.
“Cheguei aqui com mais ou menos 25 anos e as pessoas me contavam histórias que, na época, não suspeitava que poderiam ser reais. Tempos depois, percebi que estava na pista certa – não exatamente exata – mas que esse pesadelo poderia ser real”, explicou Gibson, refletindo sobre décadas antes da catástrofe criada pelos discípulos da cultura woke.
@impulsofertil Em 1998, o ator Mel Gibson já falava sobre a obscuridade da indústria hollywoodiana, mas essa entrevista ficou marcada como uma das mais intensas… (esse o TikTok n monetiza 🥺) #melgibson #teoriasconspirativas #entrevista #hollywood #verdades #cinema
No frigir dos ovos, Gibson – cancelado múltiplas vezes pela mídia progressista – decidiu manter seu perfil conservador – e anti-woke. Quando questionado há dias sobre a possibilidade catastrófica de Kamala Harris assumir a presidência, o controverso astro não titubeou:
TMZ – O que você acha que acontecerá com os EUA em um eventual segundo mandato de Donald Trump?
Mel Gibson: Não sei. Mas sei o que será do país se nós a deixarmos (Kamala) entrar. E isso não será nada bom”, ressaltou.