Phil Spencer, CEO da Microsoft Gaming, revela que cortes de empregos ocorreram devido a projeções de lucros menores para o próximo ano
Em uma reveladora entrevista concedida à Polygon em março de 2024, Phil Spencer, CEO da Microsoft Gaming, admitiu que as recentes demissões na Activision Blizzard King não foram realizadas apenas para reduzir áreas de sobreposição dentro da empresa, como havia sido alegado anteriormente. Na verdade, os cortes de empregos ocorreram em resposta às projeções de lucros cada vez menores para o próximo ano na indústria de jogos.
A Microsoft anunciou, em 25 de janeiro, que cortaria cerca de 1.900 empregos nas divisões Activision Blizzard, Xbox e ZeniMax Studios. Na época, Spencer informou aos funcionários, por meio de um memorando interno obtido pelo The Verge, que a liderança da Microsoft Gaming e da Activision Blizzard estava comprometida em alinhar uma estratégia e um plano de execução com uma estrutura de custos sustentável para apoiar o crescimento dos negócios.
No entanto, durante a entrevista à Polygon, Spencer esclareceu que a necessidade de reduzir o número de funcionários se deve tanto a um problema interno da Microsoft quanto a uma tendência mais ampla da indústria. “A coisa que mais me preocupa na indústria é a falta de crescimento”, afirmou o executivo da Microsoft.
Spencer explicou que, quando uma indústria projeta ser menor no ano seguinte em termos de jogadores e receita, e há muitas empresas de capital aberto que precisam mostrar crescimento aos investidores, o lado do negócio que acaba sendo questionado é o lado dos custos. Afinal, se a receita não aumentar, os custos se tornam um desafio.
O CEO da Microsoft Gaming enfatizou que a empresa é um negócio e que ele não tem o luxo de não precisar administrar um negócio lucrativo e em crescimento dentro da Microsoft. No entanto, ele também expressou preocupação com o impacto humano dessas demissões na indústria de jogos e refletiu sobre como a indústria pode voltar a crescer.
Embora Spencer acredite que a indústria possa e voltará a crescer, ele reconhece que este momento atual tem implicações de impacto humano e que todos devem refletir sobre isso.
As demissões na Activision Blizzard, Xbox e ZeniMax Studios fazem parte de um cenário mais amplo de cortes de empregos na indústria de jogos, que tem enfrentado desafios devido à queda nos lucros e à necessidade de mostrar crescimento aos investidores. Essa situação levanta questões sobre a sustentabilidade do modelo de negócios atual e sobre como as empresas podem equilibrar a busca por lucros com a valorização de seus funcionários.
Enquanto a indústria de jogos navega por essas águas turbulentas, é crucial que as empresas reavaliem suas estratégias e prioridades, buscando maneiras de impulsionar o crescimento sem sacrificar o bem-estar de seus funcionários. Afinal, são as pessoas talentosas por trás dos jogos que tornam essa indústria tão vibrante e inovadora.
Resta saber como a Microsoft e outras grandes empresas de jogos responderão a esses desafios e se conseguirão encontrar um equilíbrio entre a busca por lucros e a valorização de seus funcionários. Uma coisa é certa: a indústria de jogos está passando por uma transformação significativa, e o resultado moldará o futuro dos jogos e das carreiras daqueles que os criam.
Com a cultura “woke” se infiltrando em Hollywood, é irônico ver empresas de jogos sucumbindo às duras realidades do mercado. Talvez seja hora de deixar de lado a agenda política e voltar a se concentrar no que realmente importa: criar jogos incríveis que os fãs adoram. Afinal, sem lucros, não há indústria – e sem uma indústria saudável, não há espaço para a criatividade e a inovação florescerem.