Uma nova lei controversa foi aprovada esta semana pelo Senado da Califórnia, obrigando os contribuintes do estado a financiarem os benefícios de desemprego para os trabalhadores de Hollywood que estão em greve atualmente. A medida foi aprovada por 27 votos a 12 e agora segue para a mesa do governador Gavin Newsom, que deve sancioná-la.
A lei permitirá que roteiristas, atores e outros trabalhadores grevistas recebam até US$ 450 por semana em benefícios do seguro-desemprego, pagos pelo orçamento do estado. Isso significa que milhões de californianos que não participam da greve acabarão arcando com a conta.
A greve começou em março e envolve sindicatos representando cerca de 60 mil trabalhadores contra os grandes estúdios de Hollywood. As negociações sobre aumentos salariais, condições de trabalho e streaming ainda não chegaram a um consenso.
Enquanto a greve continua, trabalhadores de Hollywood têm realizado protestos chamando a atenção da mídia. Na terça-feira, atores e roteiristas fizeram uma grande marcha pelas ruas de Hollywood, saindo dos escritórios da Netflix e indo até o lendário estúdio da Paramount.
Críticos argumentam que a greve já dura muito tempo e a nova lei é uma forma de Hollywood forçar o restante dos californianos a apoiarem seus interesses. Eles apontam que a maioria dos cidadãos está preocupada com a alta inflação e o custo de vida, não com as demandas de artistas ricos e bem pagos.
De fato, algumas celebridades já reclamaram publicamente que estão tendo dificuldades financeiras com a greve, como o ator Billy Porter, que teve que vender sua mansão de US$ 1 milhão. Enquanto isso, os cidadãos comuns enfrentam o aumento no preço dos alimentos e combustíveis.
Não está claro se a nova lei realmente ajudará a encerrar a prolongada greve em Hollywood. Os grandes estúdios disseram anteriormente que pretendem resistir o máximo possível até que os sindicatos cedem em suas demandas.
Seja como for, agora caberá aos contribuintes da Califórnia bancar a conta de uma disputa trabalhista que não lhes diz respeito. Mais uma vez, o estado progressista impõe seus valores aos residentes, muitos dos quais nem concordam com as políticas adotadas. A nova lei deve entrar em vigor nas próximas semanas, caso seja sancionada pelo governador como se espera.
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