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Morre aos 87 anos o ator Louis Gossett, Jr., vencedor do Oscar por “A Força do Destino”

Gossett, conhecido por papéis em “Águia de Aço” e “O Justiceiro”, deixa legado de versatilidade e ativismo

O mundo do cinema está de luto. Louis Gossett, Jr., ator vencedor do Oscar e do Emmy, conhecido por seus trabalhos em “A Força do Destino” e na minissérie original “Raízes”, faleceu aos 87 anos. A triste notícia foi confirmada pela Associated Press e pela família do ator, que informaram que Gossett morreu na manhã de sexta-feira, em Santa Monica, Califórnia, por causas não reveladas.

Ao longo de uma carreira que se estendeu por mais de cinco décadas, Gossett se destacou não apenas por seus prêmios e glamour, mas principalmente por sua humanidade e pelos personagens que representou. “Esqueça os prêmios, esqueça o glamour, os Rolls-Royces e as grandes mansões em Malibu. O que importa é a humanidade das pessoas que ele defendeu”, declarou seu primo Neal L. Gossett à AP.

Gossett, que conquistou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por seu papel em “A Força do Destino”, considerou a premiação “uma enorme afirmação de sua posição como ator negro”, conforme escreveu em suas memórias de 2010, intituladas “An Actor and a Gentleman”. No entanto, o talentoso ator foi além dos papéis de apoio e do ativismo, tornando-se conhecido por sua versatilidade e atuações marcantes em filmes cult dos anos 80.

Entre seus trabalhos mais celebrados pelos fãs estão “Águia de Aço” e suas sequências, além de “Inimigo Meu”. Apesar de muitos desses filmes terem fracassado nas bilheterias, eles encontraram seu público ao longo dos anos, seja em home video ou em exibições na TV a cabo. Gossett também fez parte da tentativa da Marvel de transformar “O Justiceiro” em uma franquia de ação, ao lado de Dolph Lundgren. Mesmo com a recepção morna, o filme desenvolveu um culto, como grande parte da filmografia de Gossett.

O ator ainda se aventurou no gênero dos super-heróis na adaptação da HBO de “Watchmen”, baseada na graphic novel de Alan Moore. Interpretando o policial aposentado Will Reeves, também conhecido como Justiça Encapuzada, Gossett contracenou com um elenco eclético, que incluía Don Johnson, Yahya Abdul-Mateen II, Jeremy Irons e Regina King. Sua última atuação foi na versão de 2023 de “A Cor Púrpura”.

Ao longo de sua carreira, Gossett se tornou um daqueles atores coadjuvantes confiáveis, que parecia nunca recusar um papel e entregava atuações cativantes, independentemente do gênero. Sua presença na tela era sempre marcante, seja como o sargento durão em “A Força do Destino”, o piloto experiente em “Águia de Aço” ou o alienígena de “Inimigo Meu”.

Enquanto Hollywood se rende cada vez mais à cultura “woke” e à busca por representatividade a qualquer custo, o legado de Louis Gossett, Jr. nos lembra que o talento e a versatilidade são os verdadeiros pilares de uma carreira de sucesso. Gossett nunca se limitou a papéis estereotipados ou politicamente corretos, mas sim abraçou a diversidade de personagens e gêneros, deixando sua marca em cada um deles.

A partida de Louis Gossett, Jr. deixa um vazio no mundo do cinema, mas seu legado permanecerá vivo através de suas atuações memoráveis e do impacto que teve como ator e ativista. Que sua trajetória inspire as novas gerações a buscarem a excelência em seu ofício, sem medo de explorar diferentes horizontes e desafiar convenções. Afinal, como o próprio Gossett escreveu em suas memórias, o que importa é a humanidade que representamos, muito além dos prêmios e do glamour passageiro de Hollywood.

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