Morre Val Kilmer, astro de Top Gun e Batman, aos 65 anos

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O Legado de Val Kilmer

Val Kilmer, o ator enigmático e comprometido, cuja presença magnética na tela trouxe personagens inesquecíveis como Iceman, Jim Morrison e Doc Holliday à vida, faleceu aos 65 anos. Ele morreu na terça-feira à noite em Los Angeles, cercado por entes queridos, conforme confirmou sua filha Mercedes. A causa foi pneumonia, após uma década de batalha contra complicações de câncer de garganta, que havia deixado o ator com uma traqueotomia, mas nunca havia diminuído seu espírito artístico ou inteligência feroz. A carreira de Kilmer foi tão variada quanto intensa, desde seu início em 1984 com a comédia “Top Secret!” até seu retorno como Iceman em “Top Gun: Maverick”, em 2022. Ele interpretationou o personagem de Batman em “Batman Forever”, canalizou o gênio atormentado de Jim Morrison em “The Doors” e tornou a frase “Eu sou seu huckleberry” em lenda cinematográfica em “Tombstone”.

Um Legado que Vai Além dos Papéis

O legado de Kilmer não se resume apenas aos papéis que ele interpretou, mas sim à maneira como ele os habitou. Um ator treinado classicamente, ele foi a pessoa mais jovem a ser aceita na divisão de drama de Juilliard na época, e suas ambições artísticas se estendiam muito além de Hollywood. Ele era um poeta, pintor, dramaturgo e provocador. Em um documentário de 2021, “Val”, o ator refletiu sobre sua vida: “Eu me comportei mal. Eu me comportei corajosamente. Eu me comportei de maneira bizarra para alguns. Eu nego nada disso e não tenho arrependimentos, porque eu perdi e encontrei partes de mim que eu nunca sabia que existiam. E eu sou abençoado”. Kilmer é survivido por seus filhos, sua arte e uma filmografia que pulsa com intensidade, brilhantismo e complexidade – muito como o homem em si.

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