Em uma movimentação aparentemente motivada pela necessidade desesperada da série por telespectadores, a Netflix anunciou que o ator Laurence Fishburne foi oficialmente escalado para interpretar uma versão “blackface” do cirurgião-barbeiro vampiro Emiel Regis na quarta e “sem Henry Cavill” temporada de The Witcher.
O Anúncio da Netflix vem junto com a contratação do novo Geralt
O astro de Matrix e John Wick se juntará ao elenco da série ao mesmo tempo em que Liam Hemsworth, astro de The Hunger Games que substituirá Cavill no papel do protagonista Geralt de Rívia a partir da próxima temporada.
“Como fã de The Witcher, estou nas nuvens com a oportunidade de interpretar Geralt de Rívia”, disse Hemsworth quando foi anunciado no elenco em 2023. “Henry Cavill foi um Geralt incrível e me sinto honrado por ele passar a tocha e permitir que eu assuma as espadas do Lobo Branco no próximo capítulo de sua aventura”.
Nos Livros, Regis é Reiteradamente Descrito como um Homem Branco
Embora os textos originais de Sapkowski não façam referência explícita à cor da pele de Regis, em todas as representações desde então, incluindo os jogos e arte das capas dos livros, Regis foi retratado explicitamente como um homem branco, com a coloração exacerbada por sua sede de sangue vampírica.
Infelizmente, o desrespeito intencional pela visão criativa de Sapkowski tornou-se a marca registrada da adaptação da Netflix. Desde revelar uma versão bissexual do mulherengo Jaskier à escalação de atores não-brancos para interpretar personagens originalmente brancos como Triss Merigold, a equipe de produção responsável pela aventura de Geralt praticamente fez de ignorar o material de origem sua assinatura.
Escalação polêmica faz parte de uma estratégia maior de “Woke Washing”
Ao que tudo indica, em meio à queda contínua na qualidade e à perda do amado Cavill, a Netflix contratou Fishburne para dar aos telespectadores algum motivo para continuar assistindo The Witcher. Porém, ao escalá-lo como Regis, a série só reforça que continuará menosprezando e deturpando a fonte original em nome de uma representatividade forçada, o que é uma pena para os fãs de longa data.
Esperamos que Fishburne traga seu talento inegável para o papel, mas é lamentável que ele tenha sido forçado a se envolver nessa versão desnecessária de “blackface” somente para impulsionar os números de audiência decadentes.
Hora de a Netflix admitir os erros e fazer as pazes com Cavill
Talvez seja hora da Netflix finalmente admitir que errou feio com o rumo que levou The Witcher e fazer as pazes com Cavill para um reboot mais fiel aos amados livros. Caso contrário, é provável que a série desçam ladeira abaixo em questão de relevância e popularidade.
Ao que tudo indica, são os próprios executivos do serviço de streaming que se encontram desesperados por audiência, tanto que não medem esforços para transformar The Witcher em uma paródia pasteurizada apenas para agradar aos criadores da cultura do cancelamento. Resta saber se essa estratégia ruim vai de fato atrair mais espectadores ou afastá-los de vez.