NETFLIX DESTRÓI O LEGADO DE DEVIL MAY CRY

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No universo de Devil May Cry, demônios sempre foram criaturas malignas que Dante, o protagonista meio-humano meio-demônio, caçava com prazer e estilo. Essa premissa simples e eficaz serviu como base para uma das franquias de jogos mais cultuadas da história. Mas parece que para a Netflix, isso não era “complexo” ou “politicamente relevante” o suficiente.

A nova série animada da plataforma não se contenta em adaptar a história original – ela precisa “corrigi-la” através das lentes da ideologia progressista atual. O resultado? Um produto irreconhecível que trai os fãs de longa data e insulta a inteligência do público em geral.

Logo nos primeiros episódios, somos apresentados à nova perspectiva: demônios não são mais criaturas malignas, mas sim “refugiados incompreendidos” fugindo da opressão. Literalmente transformaram o Inferno em um país do Oriente Médio sendo invadido pelos Estados Unidos, com direito a trilha sonora do Green Day tocando “American Idiot” durante as cenas de invasão. A sutileza morreu junto com a fidelidade ao material original.

O mais insultante é como a série retrata o governo americano como vilão unidimensional, incluindo um Vice-Presidente cristão caricato que justifica atrocidades em nome da fé. Como se não bastasse distorcer o universo da franquia, ainda precisavam inserir a típica mensagem anti-cristã que parece ser obrigatória em toda produção Netflix.

DANTE HUMILHADO E LADY MASCULINIZADA

Não satisfeitos em subverter toda a premissa da franquia, os roteiristas também precisavam “consertar” os personagens que milhões de fãs já amavam. Dante, o carismático e poderoso caçador de demônios, foi reduzido a um idiota que frequentemente apanha e precisa ser salvo. O protagonista da série se tornou coadjuvante em sua própria história!

Lady, por outro lado, sofreu o típico tratamento reservado às personagens femininas atraentes em adaptações modernas. Sua sensualidade foi completamente apagada, seu visual foi alterado para algo menos feminino, e sua personalidade foi transformada na “girl boss” agressiva e mal-humorada que parece ser o único arquétipo feminino permitido atualmente. Ela constantemente humilha Dante e rouba o protagonismo, como se a única forma de empoderar uma personagem feminina fosse às custas dos personagens masculinos.

Vergil, irmão de Dante e um dos personagens mais complexos da franquia, agora é retratado trabalhando voluntariamente para Mundus, o que contradiz completamente sua caracterização estabelecida nos jogos. Mas quem se importa com coerência quando há uma agenda a ser empurrada?

O produtor Adi Shankar, o mesmo que já havia descaracterizado Castlevania em outra adaptação Netflix, claramente tinha um manifesto político para promover, e Devil May Cry foi apenas o veículo escolhido. Não se trata de uma adaptação feita com amor à franquia, mas de mais um produto da fábrica de subversão ideológica que a Netflix se tornou.

Essa produção é uma ofensa não apenas aos fãs de Devil May Cry, mas a qualquer pessoa que aprecie narrativas que não sejam panfletos políticos disfarçados de entretenimento. A Netflix conseguiu o feito de fazer com que até o antigo anime da Madhouse, criticado por ser monótono, parecesse uma obra-prima em comparação.

A Netflix CONTINUA a nadar contra a maré da qualidade e do respeito pelo material original. Mas não se preocupe – se você criticar a série, certamente será rotulado como parte da “minoria barulhenta” que não aceita “progresso” e “diversidade”.

O verdadeiro crime aqui não é apenas a descaracterização de uma franquia amada, mas a arrogância de achar que o público é tão estúpido que vai engolir essa propaganda mal disfarçada como “arte”. Mas talvez essa seja a beleza não intencional dessa adaptação: assim como os demônios da série, a Netflix mais uma vez revelou sua verdadeira face.

NETFLIX DESTRÓI DEVIL MAY CRY: Ativismo Político Transforma Caçador de Demônios em Porta-Voz Anti-Americano

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