A Niantic, famosa por transformar nerds em andarilhos com seu fenômeno Pokémon GO, acaba de vender sua divisão de jogos para a Scopely por impressionantes $3,5 bilhões. Além do próprio Pokémon GO, estão incluídos nessa transação títulos populares como Pikmin Bloom e Monster Hunter Now, bem como os aplicativos auxiliares Campfire e Wayfarer. Desde seu lançamento em 2016, Pokémon GO conquistou o mundo com mais de 500 milhões de jogadores logo no primeiro ano. Mesmo após os confinamentos de 2020, o jogo manteve impressionantes 30 milhões de usuários ativos mensais, gerando mais de $1 bilhão apenas no último ano.
Scopely: Uma Compra que Preocupa (e Muito)
A Scopely, responsável por jogos como Monopoly Go!, agora busca ampliar ainda mais seu alcance, potencialmente tendo acesso a meio bilhão de jogadores. Mas nem tudo são flores. A empresa tem um histórico bastante problemático, marcado por polêmicas sobre monetização agressiva, práticas questionáveis e falta de transparência—um sinal vermelho gigantesco para a comunidade do Pokémon GO.
Jogadores já criticaram abertamente as estratégias de monetização da Scopely, que envolvem compras exageradas dentro do aplicativo e sistemas aleatórios de recompensa, as infames “caixas surpresa”, quase indistinguíveis de apostas. Com 22% da base de jogadores de Pokémon GO composta por crianças, esses métodos levantam sérias questões éticas. Além disso, muitos usuários reclamam de tratamento injusto, percebendo políticas claramente voltadas para beneficiar quem paga mais.
Para piorar, a Scopely frequentemente evita ser clara sobre as mecânicas internas de seus jogos, gerando desconfiança e insatisfação entre as comunidades. Agora que Pokémon GO está sob controle dessa empresa, os fãs estão em alerta máximo, torcendo para que o jogo não se transforme em mais uma máquina cínica de dinheiro fácil. Resta saber como será o futuro sob a direção da Scopely, mas uma coisa é certa: os jogadores têm bons motivos para ficarem preocupados.