O lançamento de Oppenheimer, o mais recente épico do aclamado cineasta Christopher Nolan, estava cercado de incertezas. Com uma duração de 3 horas e classificação indicativa de 18 anos, muitos previam que o filme sobre o “pai da bomba atômica” não teria apelo de blockbuster. No entanto, o longa rapidamente provou seus céticos errados.
Estrelado por Cillian Murphy no papel principal, Oppenheimer arrecadou impressionantes US$960 milhões nas bilheterias mundiais, tornando-se um dos maiores sucessos de 2023. Analistas atribuem esse desempenho surpreendente ao fato de o público jovem estar ávido por experiências cinematográficas profundas e edificantes.
“Os jovens amam assistir a filmes longos porque, se vão pagar pelo ingresso, querem algo substantivo. Eles estão procurando conteúdos significativos”, afirma o cineasta canadense Denis Villeneuve, cujo épico de ficção científica Duna: Parte 2 também tem duração de quase 3 horas.
De fato, tudo indica que o público atual está disposto a dedicar seu tempo a obras ambiciosas, complexas e instigantes, e não apenas a blockbusters repletos de efeitos especiais vazios. Nolan soube explorar esse anseio com maestria.
Em Oppenheimer, ele não economizou nos detalhes técnicos e éticos em torno da criação da bomba atômica. Ao mesmo tempo, construiu narrativa rica, repleta de reviravoltas dramáticas e dilemas morais sobre o papel da ciência na sociedade moderna. É um filme desafiador, que exige do espectador disposição para mergulhar fundo em questões complexas.
E essa fórmula se mostrou um sucesso estrondoso. Talvez Oppenheimer represente uma mudança de paradigma em Hollywood, sinalizando que megaproduções de três horas com narrativas ousadas podem, sim, conquistar as plateias. Resta saber se esse foi um caso isolado ou o prenúncio de uma nova era no cinema blockbuster.
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