Oscar: 97 anos de glamour, prêmios… e muitas injustiças

Oscar

Compartilhe:

Hollywood e suas escolhas duvidosas – e tendenciosas

Anos luz antes de a lacração se intrometer na qualidade das produções e cineastas, muitas injustiças já haviam sido cometidas pelos intocáveis membros da Academia de Ciências e Artes Cinematográficas de Hollywood.

 

Você consegue imaginar, por exemplo, O Mágico de Oz não receber nenhuma indicação importante para o Oscar, ainda considerada a maior celebração da 7ª Arte? Pois foi isso que aconteceu na 12ª Edição da premiação, em 1940. 

 

Neste ano, a cultura woke tem tudo para comemorar, talvez, o último suspiro de “empoderamento”, com o surreal Emília Perez. O vencedor do Globo de Ouro, forjado na lacrate, tem chances altas de repetir o desempenho de um dos piores filmes que já faturaram o Oscar na história: Em Todo Lugar, Ao Mesmo Tempo – considerado pelos votantes como o Melhor Filme na cerimônia de 2023.

 

A seguir, o Se Liga Nerd preparou uma lista dos ignorados pela Academia através dos tempos.

Oscar – casos inexplicáveis de escolhas duvidosas

 

 

Dennis Villeneuve – Duna: Parte 2

Começamos tudo pelo fim. Ou melhor: pelo Oscar 2025. Ignorado sumariamente pelo Globo de Ouro, o diretor de Duna: Parte 2 ficou de fora da 97ª festa do Oscar, sendo preterido por nomes como o de Jacques Audiard, diretor de Emília Perez. A

 

Super Mario Bros: O Filme

Como explicar uma obra-prima, como a animação da Nintendo, que faturou simplesmente US$ 1.4 bilhão nas bilheterias, ficar sem nenhuma nomeação para o Oscar 2024?

Contudo, foi exatamente isso com o que aconteceu com o longa Super Mario Bros – que, de quebra, ainda se consagrou como a maior arrecadação de uma produção baseada em um videogame na história.

 

E.T.: O Extraterrestre

 

Para quem viveu o momento, foi muito complexo aceitar E.T.: O Extraterrestre perder o Oscar de Melhor Filme para Gandhi. Ainda que o drama estrelado por Ben Kingsley (que viria a trabalhar com Spielberg em A Lista de Schindler) tenha seus méritos.

E.T. e tudo o que o cerca (principalmente, as bikes que viraram febre), acabou eternizado pela cultura pop mundial – e até hoje é considerado um marco da indústria de entretenimento.

 

Nascido em 4 de Julho

 

Quando o longa de Oliver Stone sobre o calvário no Vietnã do veterano Ron Kovic (Tom Cruise) foi indicado para a categoria de Melhor Filme, muitos davam como certa sua vitória. Cruise, em sua primeira indicação, também estava entre os favoritos, após faturar o Globo de Ouro de 1990.

No dia D, entretanto, nenhum deles triunfou. O longa perdeu para Conduzindo Miss Daisy, enquanto Tom Cruise foi derrotado pelo irlandês Daniel Day Lewis de Meu Pé Esquerdo.

 

Harrison Ford em A Testemunha

Ele é um dos maiores heróis da história do cinema, graças a performances inimitáveis como Indiana Jones, Han Solo, Jack Ryan e muitas outras figuras destemidas. Sua figura icônica, entretanto, recebeu apenas uma indicação ao Oscar de Melhor Ator em mais de sete décadas de atuação. A lembrança aconteceu na cerimônia de 1986 pelo trabalho em A Testemunha (O vencedor do ano foi William Hurt, em O Beijo da Mulher Aranha). 

 

Quem perdeu foi a Academia, claro.

O Resgate do Soldado Ryan

Não é exagero apontar o longa dirigido por Steven Spielberg como um dos 3 maiores e melhores produções que tem como tema central a Segunda Guerra Mundial. Mesmo assim, o filme de 1998, que consagrou Spielberg como melhor diretor, perdeu a estatueta principal para o levíssimo Shakespeare Apaixonado. Até hoje, uma decisão inacreditável.

 

Batman: O Cavaleiro das Trevas

O título de melhor filme baseado em um super-herói ainda é bastante disputado, mas dificilmente o segundo capítulo da trilogia de Christopher Nolan ficará fora dessa lista. Embora seja quase uma unanimidade, o longa de 2007 foi ignorado pela Academia, assim como o seu diretor, que viria a faturar a estatueta em 2024 com Oppenheimer

A consolação ficou para o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante póstumo concedido a Heath Ledger, por seu inimitável Coringa.

 

Star Wars – Uma Nova Esperança

Entre todos os filmes de ficção científica já lançados, o Star Wars – Episódio IV (mais tarde, rebatizado Uma Nova Esperança) ainda é considerado um dos marcos do casamento entre sci-fi e a cultura pop. 

Dirigido por George Lucas, o longa chegou a ser nomeado como Melhor Filme na cerimônia de 1978. A derrota teve um sabor amargo. Ainda que dirigida por Woody Allen, a comédia Noivo Neurótico, Noiva Neurótica não chega nem perto do épico que redefiniu o gênero.

 

2001 – Uma Odisseia no Espaço

Na mesma linha da injustiça cometida com Star Wars, o enigmático e sensacional 2001 – Uma Odisseia no Espaço (inspiração direta, aliás, para George Lucas) ficou sem a estatueta de Melhor Filme, sendo obrigado a se contentar com o prêmio de Melhores Efeitos Visuais.

O longa de 1968, com direção do incomparável Stanley Kubrick, foi derrotado pelo peso-pena Oliver!, musical britânico ligeiramente inspirado na obra de Charles Dickens.

 

Peter O’Toole em Lawrence da Arábia

Outra injustiça de peso nos anos 1960 foi o total desprezo da academia pelo fantástico ator britânico Peter O’Toole. O astro do épico Lawrence da Arábia não só perdeu o prêmio por sua atuação fantástica no longa de 1962, como jamais ganhou um Oscar da Academia. Quer dizer, sobrou para ele o prêmio de colação pelo Conjunto da Obra, recebido em 2002.

 

Psicose

Talvez o maior clássico do gênero de suspense – e um dos mais consagrados filmes de Hitchcock ao lado de Janela Indiscreta, O Homem Que Sabia Demais e Um Corpo Que Cai, o longa Psicose sequer foi indicado ao Oscar de 1961, embora Alfred Hitchcock tenha recebido a nomeação como diretor. Fato dos mais inusitados, diga-se de passagem…

 

Em seu lugar, o campeão da Academia naquele ano foi uma produção que caminhou no sentido oposto da obra do Mestre do Suspense: a comédia Se Meu Apartamento Falasse, de Billy Wilder.  

 

O Mágico de Oz

A aclamada Judy Garland protagoniza duas gigantes injustiças da história do Oscar. O primeiro deles é O Mágico de Oz, que acabou ignorado pelo fator …E o Vento Levou, que passou como furacão pelo cerimonial de 1940.

 

Judy Garland em Nasce Uma Estrela

A precoce atriz também atuou na versão original do drama, quatorze anos após brilhar em Mágico de Oz. No final, mesmo levando o Globo de Ouro, a estrela perdeu a estatueta dourada para Grace Kelly, protagonista de Amar é Sofrer.

Publicidade
Publicidade