Peter Jordan ataca nerdolas enquanto passa pano para empresas lacradoras

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Hoje, vimos um episódio tão bizarro quanto sintomático na comunidade gamer: influenciadores gringos confundiram a Thais, esposa do Davy Jones, com uma mulher trans em um comercial de Assassin’s Creed Shadows e, de repente, o Peter Jordan surge para apontar dedos e chamar todo mundo de “caçador de lacração”, com aquele tom de pretensa superioridade que já se tornou sua marca registrada. O problema aqui não é apenas o erro dos gringos, que não sabem quem é a Thais; o problema é a postura do Peter em sempre detonar — ou “cancelar”,  — justamente o público que até outro dia ele chamava de “família”.

Enquanto isso, as empresas (Ubisoft inclusa) continuam a forçar goela abaixo a tal “cultura woke”, destruindo franquias que amamos e transformando histórias em uma colcha de retalhos de agendas políticas. E Peter, que deveria estar do nosso lado, vive em cima do muro ou batendo no fã, taxando todos de racistas, nerdolas ou transfóbicos, sem separar o joio do trigo.

A confusão em torno da Thais acontece num momento em que a Ubisoft entrega um jogo que é praticamente um “estupro cultural” da história do Yasuke — um samurai negro que existiu na Era Feudal do Japão — e do próprio contexto histórico japonês. Em vez de oferecer algo fiel, eles forçam um romance não-binário no meio da narrativa do Yasuke, como se isso fosse “atrativo” para o público moderno. E ser apenas uma escolha não tira a forçação e o oportunismo. Se alguém ousa criticar, já é etiquetado de “hater”, “extremista” ou “nerdola”. E como se não bastasse a propaganda rasteira, o marketing ainda envolve a Thais, que agora é alvo de uma confusão bizarra, usada como munição para apontarem “transfobia” ou “lacração extrema”.

Mas vamos lá:

Jhonny Silva (@Kur0ssaki) diz que a Thais é uma pessoa maravilhosa e questiona a postura do Peter. E é exatamente isso: Thais realmente não merece esse ataque gratuito. Mas por que o Peter, em vez de esclarecer a situação, resolveu armar um circo para culpar o público que supostamente “caça lacração”?

Heytor (@Heytor_2k25) lembra que os gringos não conhecem a Thais e apontam que não seria surpresa se a Ubisoft tivesse escalado uma atriz trans de fato, dado o histórico de “lacração” da empresa. E faz sentido: a Ubisoft está literalmente forçando tudo que acha “moderno” ou “socialmente relevante” para tentar limpar a própria barra, especialmente depois das polêmicas de assédio dentro da empresa.

PlayerBugado (@PlayerBugad0) reclama que o Peter colocou até o “Grummz” na fogueira, mesmo que nem tenha sido o principal culpado. É típico do Peter tentar generalizar e demonizar.

juno (@filmissssss) diz que o trailer foi “top”, mas que o pessoal assistiu menos de 5 segundos só pra detonar a Thais. Concordo que teve gente apressada, mas não se pode comparar a crítica legítima ao jogo e ao enredo distorcido com ofensas pessoais à Thais.

Remi (@r5m1nd) traz o ponto-chave: o problema não é chamar a Thais de trans, mas usar isso para atacá-la com transfobia. Ou seja, os caras erraram ao dizer que ela é trans, mas pior é usar esse equívoco para ofender e menosprezar pessoas trans.

Djabo (@O_Djabo) cita o “samurai negão beijando personagem que se identifica como não-binário no Japão feudal”. É a crítica principal: Assassin’s Creed Shadows faz um samba do crioulo doido histórico. O problema é que, quando se critica esse tipo de coisa, Peter e outros já jogam a carta de “vocês estão caçando lacração”.

Eragorn (@Eragorn_IV) admite que, mesmo conhecendo ela, achou que era um homem. Não necessariamente transfobia, mas preconceito estético.

100Spoiler! (@100spoilerTV) critica o Peter: “É sério que você tá pegando comentário escroto de anti-woke da gringa pra bater nos nerdolas aqui no Brasil?” — pois é, ele tá misturando tudo para poder lacrar ao contrário.

Giovanni o Ouriço (@giofersilva84) lembra que a Ubisoft está usando Yasuke apenas para limpar seu nome, pois a empresa se envolveu em escândalos sérios de assédio. E o Peter, de novo, ignorando a gravidade disso, só aproveita para atacar o público.

☣ 𝕯𝖎𝖛𝖊𝖗𝖘𝖎𝖉𝖆𝖉𝖊 𝖙𝖔𝖝𝖎𝖈𝖆 ☢ (@txdiversidade) chama o Peter de “Felipe Neto versão nerd”. Ou seja, acusam-no de mudar o discurso conforme a conveniência.

MISSAO MUGIWARA (@woken_dwarves) pergunta se, caso a Thais não fosse conhecida, o Peter também teria a mesma dúvida sobre ela ser trans. A provocação é legítima: será que ele também não cairia no mesmo erro que agora ele demoniza?

Lee Kato Nakama (@leekatonakama) ironiza: “Peter, você está flertando com a lacração diariamente.” De fato, ele critica a lacração, mas também dá sinais contraditórios.

Hail Durin (@Durin_ReiAnao) acha que falar da Thais foi maldade, mas que o jogo em si também é forçado.

Merlin based (@Luisbaseddias) admite que Assassin’s Creed Shadows tem lacração, mas diz que atacarem Thais dessa forma é “paia”. Ou seja, existem críticas legítimas, mas a galera se perde no ódio cego.

Dr. Estressado (@InsanityMkcs) fala que o Peter “tá forçando” e que a visão dele “não é das melhores”. Soa como alguém cansado de tanta hipocrisia.

sakuraparisi (@sakuraparisi) diz que o jogo já é zoado o suficiente, não tem porquê encher o saco da Thais. Concordo plenamente.

Willy Freire (@Willyfreire) nem entende o que a Thais tem a ver com Assassin’s Creed, e isso diz muito: a propaganda é confusa, a história é uma bagunça e a comunidade fica perdida.

O Desenvolvedor de Dreads (@GeCreed) acha “deprimente” tudo isso e diz que a Thais fez um trabalho bacana. Infelizmente, quem deveria apoiá-la (o Peter) escolheu direcionar a raiva ao público, generalizando-os como “caçadores de lacração”.

Hail Durin (mais uma vez) critica a maldade contra a Thais e reforça que a Ubisoft, com seu departamento DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão), está “pervertendo” a mente do público.

Tmax – o cabra da peste (@TheAwakeMan77) diz que os caras só estavam zoando porque a Thais parece com o personagem não-binário. No fim, é uma bola de neve de desinformação, mas o Peter amplia essa bola com sua sede de “lacrar contra a lacração”.

João Santos (@JoaoIntegral) questiona o valor disso para o público brasileiro: se nem são brasileiros que começaram essa zoeira, por que o Peter está usando isso contra a “liga nerdola” daqui?

A.V.E.M (@kiluadadireita) e muitos outros falam do absurdo do Yasuke gay, bissexual, não-binário etc. no Japão feudal. As pessoas têm direito de achar isso forçado ou desrespeitoso. O problema é que, para o Peter, se você questiona, você é “caçador de lacração”, mas ele mesmo não vê a contradição de uma narrativa histórica que não respeita minimamente a cultura japonesa.

Até a DIETA, o parlamento japonês está discutindo o desrespeito que a Ubisoft teve com um templo xintoísta e se questionam se ela teria a mesma mentalidade ao atacar símbolos religiosos do Islã, por exemplo.

Estamos cansados de apanhar calados

O grande ponto é: é óbvio que confundir a Thais com uma pessoa trans é um equívoco, e ainda mais usar isso pra ofender é repugnante. Mas querer transferir toda a culpa para quem critica a Ubisoft ou quem não aguenta mais ver franquias serem dilaceradas por agendas escancaradas também é desonesto. O próprio Peter já chamou a “liga nerdola” de racista, mas não mede palavras na hora de passar pano para empresas que estão destruindo a essência de jogos e personagens. Em vez de se posicionar ao lado do público que sustenta seu canal, que faz parte das discussões há anos, ele prefere “lacrar” contra aqueles que não têm o mega alcance e os contatos corporativos que ele tem.

De fato, estão errados ao atacar a Thais de forma tão baixa, confundindo-a e sendo transfóbicos, mas vamos ser claros: isso não diminui o abuso cultural e histórico que a Ubisoft cometeu em Assassin’s Creed Shadows, nem o retrocesso que ela promove ao avacalhar eventos e personagens reais.

Por que Peter não fala das controvérsias sérias que cercam a Ubisoft? Das acusações de assédio, do oportunismo de querer limpar a imagem usando Yasuke e personagens LGBT sem qualquer compromisso histórico? Ele até menciona de leve, mas no fim das contas, sempre parece pronto a “defender a empresa” e culpar o público quando a crítica vem pesada.

Quando Peter aponta o dedo e rotula quem está cansado de ver franquias destruídas — seja Dragon Age, Assassin’s Creed, Star Wars ou qualquer outra — como “nerdolas caçadores de lacração”, ele não percebe que pisa justamente em quem sustentou o entretenimento gamer por anos, em quem compra jogos, assiste canais e faz a fama de muitos influenciadores. E agora, quando o pessoal erra (sim, eles erraram feio com a Thais), a postura dele é jogar tudo em um balaio de “vocês são todos racistas, transfóbicos, anti-woke”.

A verdade nua e crua é: estão usando a Thais como escudo para não assumir que o jogo é um desastre narrativo e um desrespeito histórico. A Ubisoft se aproveita de minorias para posar de inclusiva, ignorando seu passado sujo. E Peter se aproveita da polêmica para surfar a onda “anti-hate”, querendo limpar o próprio nome, esquecendo que já chamou a “liga nerdola” de racista algumas vezes e que sempre teve discurso dúbio sobre lacração.

Em resumo, não se trata de “caçar lacração” ou “ser transfóbico”. Trata-se de cobrar respeito pelas histórias, pelos fãs e pelos fatos históricos. É óbvio que existem pessoas que extravasam e apelam para ofensas nojentas. Mas a postura de Peter Jordan em generalizar e atacar quem critica a Ubisoft — ou qualquer outra empresa que força agenda sem consistência — é covarde. Ele não bate na grande corporação; ao contrário, passa pano e transfere a culpa para o público.

Sim, Peter, você deveria usar seu alcance para defender a Thais, mas sem jogar toda a comunidade que é contra lacração no lixo. Por que não condena a confusão dos gringos e, ao mesmo tempo, reconhece que a Ubisoft vem forçando agendas sem pé nem cabeça? Se existe transfobia, ela deve ser rechaçada, sem dúvida. Mas isso não anula o fato de que Assassin’s Creed Shadows é um festival de lacração preguiçosa, que destrói completamente a história do Yasuke e do Japão feudal.

E a Liga Nerdola não vai ficar calada com suas insinuações simplistas, Peter. Você nos chamou de racistas, e nos vamos nos defender. Você ignora as críticas legítimas a jogos forçados, nós vamos gritar mais alto. Nesse processo, quem perde é o fã: jogado numa rinha entre lacradores corporativos, oportunistas de engajamento e uma horda de radicais que se alimentam de ódio.

No fim, a Thais não merecia passar por isso, mas tampouco o público que critica o woke forçado deveria ser jogado na fogueira. Se o Peter quer bancar o “justiceiro social” de última hora, que faça direito: denuncie a transfobia sem atropelar quem aponta as falhas evidentes da Ubisoft. Porque, enquanto ele estiver preocupado em só xingar a própria audiência, as empresas vão continuar enfiando suas agendas e destruindo as franquias que tanto amamos, sem entregar o respeito que os jogadores merecem. E a culpa, ao contrário do que Peter Jordan grita, não é só da comunidade. Ele e os estúdios coniventes também são responsáveis por esse caos.

Compilação de Reviews de Assassin’s Creed Shadows

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