Polêmica: remake de “The Witcher” planeja remover “partes ruins” do jogo original

Compartilhe:

O recente anúncio sobre o desenvolvimento de um remake para o primeiro jogo da franquia The Witcher, lançado originalmente em 2007, gerou bastante controvérsia entre os fãs da aclamada série. Isso porque, de acordo com o CEO da Fool’s Theory, estúdio encarregado pelo remake, o game passará por uma ampla “análise honesta” com o objetivo de determinar quais elementos “simplesmente são ruins, ultrapassados e precisam ser refeitos”.

Time do remake busca “remover as partes ruins”

Em entrevista concedida à revista Edge, o CEO da Fool’s Theory, Jakub Rokosz, revelou que a intenção no desenvolvimento do remake é “destacar as partes boas que devem ser mantidas” do jogo original, mas também “remover as partes ruins” que os desenvolvedores julgarem que não se encaixam. Porém, nenhum detalhe específico foi dado sobre o que exatamente esses elementos “ruins” seriam no contexto do game.

“Primeiro e principal, precisamos de uma análise honesta sobre quais partes simplesmente são ruins, ultrapassadas e precisam ser refeitas”, afirmou Rokosz durante a entrevista, aumentando a apreensão dos fãs.

A ambiguidade da declaração preocupou diversos fãs da franquia, que expressaram o temor de que elementos clássicos e marcantes do jogo original acabem sendo descartados ou alterados drasticamente pelos desenvolvedores do remake.

Polêmico sistema de cartas de romance pode ser removido

Uma das especulações que surgiram entre os fãs é que o polêmico sistema de cartas colecionáveis de personagens femininas, liberadas após o protagonista Geralt conquistar relações sexuais com elas durante o game, seja removido ou significativamente alterado na nova versão.

Recentemente, Karol Kowalczyk, um dos próprios designers do controverso recurso implementado no jogo original, chegou a manifestar publicamente certo arrependimento por sua criação:

“Falhamos em enxergar que, quando você está testando o jogo pela 100a vez, acaba fazendo escolhas de forma mecânica, sem realmente se importar com as emoções que aquilo transmite”, disse Kowalczyk ao site “Time Extension” em dezembro de 2022.

Essa onda de indignação com elementos em games e filmes considerados politicamente incorretos, machistas ou prejudiciais a grupos específicos é uma tendência crescente em Hollywood e pode ter influenciado os planos da equipe encarregada pelo remake.

Fãs temem descaracterização e perda da essência da obra

Nas redes sociais, diversos fãs da franquia The Witcher expressaram bastante preocupação e receio de que o remake acabe descaracterizando o que tornou o jogo original um sucesso. Alguns chegaram a classificar o processo de desenvolvimento como uma tentativa de “lacração” ou “wokeização” da obra.

“Se eles de fato começarem a mexer nesses elementos marcantes, não vai ter mais nem cara de The Witcher. Tomara que repensem bem essas mudanças radicais”, protestou um usuário no Twitter.

Enquanto os planos da Fool’s Theory para o aguardado remake ainda permanecem bastante nebulosos para o público geral, os fãs seguem na expectativa sobre quais mudanças drásticas estão de fato sendo planejadas pelos desenvolvedores e como elas podem impactar na experiência final de jogo e na manutenção dos elementos clássicos que marcaram o título original da franquia de RPG.

 

Ameaça Existencial: Hollywood adota IA sem alma para destruir nossa cultura

Publicidade
Publicidade