Power Rangers Origins vazado mostrava deboche ao tokusatsu clássico

Compartilhe:

“Salvar o mundo… com um brinquedo?” A frase, estampada num pôster vazado da suposta Ranger Amarela, revela tudo sobre Power Rangers: Origins. Em vez de canalizar a energia pulp que transformou tokusatsu em religião global, o projeto animado preferiu copiar o cinismo de roteirista que fez pós-graduação em autopiedade. Era menos um reboot e mais um roast do próprio material.

Os materiais de marketing que surgiram no eBay mostram uma equipe remixada para cumprir tabela de diversidade burocrática, uniformes sem as icônicas faixas em diamante e um Megazord com cara de mockup descartado do Zeo. Nada de pompa, nada de camp, só um design que lembra mascote de aplicativo bancário tentando fazer cosplay.

A ironia agrava-se quando lembramos que Simon Bennett, então comandante da franquia, vinha disparando contra as raízes japonesas de Power Rangers com zelo colonizador. Rejeitou Ryusoulger, ignorou Kyuranger e declarou que tokusatsu é “nicho” para adultos chatos. Resultado: o universo Power Rangers está no gelo, e quem mantém a chama acesa são as HQs da BOOM!, agora também reiniciadas.

Enquanto executivos zombam das origens, os fãs assistem pela enésima vez a Forever Red e imaginam o que poderia ter sido se alguém tivesse abraçado a herança Sentai. Origins teria sido a prova definitiva de que o problema nunca foi o capacete brilhante, e sim o complexo de vira-lata hollywoodiano que chama cultura pop de “brinquedo” para agradar acionista.

É O BARANGAVERSO: Redesing de Tanya em Mortal Kombat 1 Provoca Reação Intensa dos Fãs!

Publicidade
Publicidade