Devil May Cry: Adi Shankar diz que “honrou” a franquia e seus personagens, porém cai em hipocrisia

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A nova série animada “Devil May Cry” da Netflix tem sido tema de intenso debate entre os fãs da clássica franquia de jogos da Capcom.

O produtor Adi Shankar, em recente entrevista para o Animation World, revelou que sua intenção nunca foi replicar “a experiência” dos jogos originais, mas sim explorar o que ele considera a “essência” dos personagens.

Shankar ainda tentou explicar que Devil May Cry faz parte do “seu universo animado” onde ele “honra a essência e elementos do material original”.

“Como fã dos jogos originais, eu sabia que esses personagens eram icônicos por um motivo. Eu queria explorá-los nas versões mais jovens desses personagens que já vimos”, explicou Shankar. Sua ambição era aplicar uma abordagem semelhante à de Christopher Nolan com Batman: “Eu queria pegar esse personagem de jogo e jogá-lo no mundo real.”

Esta “visão” apenas resultou em uma série que difere drasticamente do material fonte, especialmente quanto à caracterização do protagonista Dante.

Na adaptação da Netflix, ele é apresentado com traços que lembram mais um “Deadpool da Shopee” ansioso por atenção.

Afastando-se significativamente da personalidade do guerreiro nos jogos originais, que mantém uma distância emocional e cuja aparente despreocupação surge enquanto enfrenta hordas de inimigos.

 

Controvérsias que uniram os fãs contra Adi Shankar

 

Outra decisão que gerou insatisfação foi a caracterização de Lady, personagem importante na franquia.

Críticos apontam que sua representação na série se tornou um estereótipo genérico de “mulher forte”, com diálogos excessivamente carregados de palavrões, perdendo as nuances da personagem original.

A escolha musical também provocou controvérsia. Shankar optou por utilizar o tema “Devil Trigger” para Dante.

Quando na verdade essa música foi originalmente composta para o personagem Nero em Devil May Cry V.

A animação da Netflix exemplifica os desafios enfrentados quando adaptações são desenvolvidas por pessoas más intencionadas como Adi Shankar.

Esse mesmo Adi Shankar que diz ser grande fã e que “honrou” Devil May Cry quando na verdade ele só deturpou e desrespeitou Devil May Cry e seus fãs.

Este caso levanta importantes questões sobre o equilíbrio entre inovação criativa e fidelidade ao material original em adaptações.

Especialmente quando se trata de franquias com uma base de fãs estabelecida e apaixonada que mantém expectativas específicas sobre como seus personagens favoritos devem ser representados.

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