Próximos filmes de “Avatar” mergulharão na sociedade Na’vi diversificada

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Estúdios planejam explorar diversidade de tribos do imaginário planeta Pandora, cada uma com crenças e valores únicos

Os aguardados filmes sequenciais da franquia “Avatar” devem levar os espectadores a uma jornada ainda mais imersiva pelo diversificado mundo dos Na’vi, povo nativo do planeta Pandora. As próximas produções apresentarão múltiplas tribos que habitam regiões distintas desse universo fictício, cada uma com suas próprias crenças e valores.

Produção quer destacar “verdadeira diversidade” entre clãs

De acordo com o produtor Jon Landau, os longas mergulharão a fundo nessas culturas, incluindo seus aspectos mais sombrios. Ele enfatizou a importância de explorar uma “verdadeira diversidade” entre os clãs Na’vi, traçando paralelos com a Terra.

“O que estou animado em mostrar aos fãs é a diversidade dos clãs Na’vi. Isso vai estar no filme e nos games. E eu estou falando de uma diversidade verdadeira. Não apenas sentar e colocar mais um clã com fantasias diferentes. Estou falando sobre quais são as crenças deles”, disse Landau.

Crendices servirão de metáfora para refletir sobre Terra

“É exatamente como temos na Terra; usando nossos mundos nos games e filmes como metáfora para a Terra e tentando fazer todo mundo abraçar a expressão Na’vi ‘Oel ngati kameie’ [Eu te vejo]. Não significa que eu te vejo fisicamente. Quer dizer, ‘Eu te vejo pelo que você é e aceito você pelo que é’. Mas só se pode fazer isso se houver diversidade”, completou.

Terceiro filme em pós-produção intensa com estreia em 2025

O aguardado “Avatar 3” está atualmente em intenso trabalho de pós-produção, com previsão de lançamento para o Natal de 2025, após mudanças nas datas dos outros episódios. “São dois anos muito agitados de pós-produção pela frente”, afirmou o diretor James Cameron.

Enquanto isso, em 19 de dezembro, fãs de “Avatar” e “O Caminho da Água” poderão aguardar por relançamentos especiais que incluirão edições em Blu-ray e DVD remasterizadas e uma série de cenas excluídas.

Tentativa de inclusão forçada de diversidade em “Avatar” pode sair pela culatra

A estratégia da franquia Avatar de explorar uma grande variedade de tribos Na’vi corre o risco de soar artificial e forçada em nome de uma agenda política de inclusão a qualquer custo.

Ao afirmar que os próximos filmes mostrarão a “verdadeira diversidade” entre os clãs Na’vi, o produtor Jon Landau parece ignorar que diversidade não surge espontaneamente. Não basta “simplesmente sentar e colocar mais um clã com fantasias diferentes”, como ele mesmo admite.

A inclusão de diversos povos com crenças distintas pode facilmente virar um artifício para sinalizar virtude, como tantas produções hollywoodianas têm feito nos últimos anos. Em vez de contribuir para a narrativa, essas tribos correm o risco de parecerem tokens inseridos apenas para mostrar o quão “inclusivos” e “diversos” os criadores são.

Além disso, a comparação com a diversidade de culturas na Terra soa bastante forçada. Por mais talentoso que James Cameron seja em criar mundos imaginários, é preciso reconhecer que há limites para a diversidade possível numa sociedade fictícia gerada artificialmente num estúdio.

Caso a introdução dessas novas tribos não esteja integrada organicamente à mitologia de Avatar, os espectadores certamente notarão o artifício. E a inclusão pela inclusão dificilmente resultará numa boa história.

Portanto, resta torcer para que a diversidade em Avatar signifique mais do que uma resposta à pressão por representatividade a qualquer custo vinda dos críticos sociais. Do contrário, a estratégia pode se voltar contra os idealizadores da franquia.

 

Novas datas de lançamento para os próximos filmes de Avatar são anunciadas

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