O novo trailer de “Quarteto Fantástico: Primeiros Passos” finalmente chegou, confirmando o que muitos fãs tradicionais já temiam: mais uma propriedade intelectual icônica sendo submetida à cartilha ideológica de Hollywood. A Marvel Studios, que parece cada vez mais distante dos valores que construíram seu sucesso inicial, apresenta uma versão “retrofuturista” do primeiro grande time de heróis da editora – conveniente desculpa para reimaginar personagens estabelecidos há décadas.
A escolha do elenco segue o mesmo padrão previsível dos últimos projetos do MCU, com Pedro Pascal como Reed Richards (Sr. Fantástico), ator que não esconde suas posições políticas alinhadas com a narrativa progressista dominante em Hollywood. Vanessa Kirby interpreta Sue Storm (Mulher-Invisível), enquanto Joseph Quinn e Ebon Moss-Bachrach completam o quarteto como Johnny Storm (Tocha Humana) e Ben Grimm (O Coisa), respectivamente.
O mais revelador, no entanto, é a decisão de transformar o icônico Surfista Prateado em uma versão feminina, interpretada por Julia Garner. Aparentemente, nem mesmo personagens cósmicos estão a salvo da obsessão dos estúdios em “atualizar” tudo que funcionou por décadas para satisfazer uma agenda que prioriza representatividade forçada acima da fidelidade aos materiais originais.
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A Marvel Studios continua sua perigosa aposta em alienar fãs de longa data para conquistar aplausos momentâneos da crítica especializada e ativistas online. O diretor Matt Shakman, responsável por “WandaVision” – uma das séries mais carregadas ideologicamente do estúdio – agora tem em suas mãos um dos projetos mais importantes do MCU, substituindo Jon Watts, que talvez tenha percebido a direção problemática que o projeto estava tomando.
Vale lembrar que essa é a terceira tentativa de adaptar o quarteto para as telonas, e as versões anteriores, apesar de suas falhas, ao menos respeitavam a essência dos personagens criados por Stan Lee e Jack Kirby. O novo filme já anuncia que não veremos a origem da família – elemento fundamental para entender a dinâmica do grupo – preferindo focar numa Nova York “retrofuturista de outro universo”, conveniente para justificar todas as alterações que desejarem implementar.
O trailer também confirma a presença de Galactus, interpretado por Ralph Ineson, antagonista que deveria ser uma entidade cósmica imponente, mas que provavelmente será reduzido a mais um vilão genérico com discursos sobre “consumo desenfreado” e outras metáforas óbvias para criticar valores tradicionais.
A estreia está marcada para 24 de julho de 2025, dando início à Fase 6 do MCU, que culminará em “Vingadores: Doomsday” e “Vingadores: Guerras Secretas”. O retorno de Robert Downey Jr. como Doutor Destino, após seu icônico papel como Homem de Ferro, parece uma tentativa desesperada de resgatar a relevância de uma franquia que continua perdendo conexão com o público que a tornou bem-sucedida em primeiro lugar.
Para quem ainda cultiva esperança de ver adaptações fiéis de quadrinhos clássicos, prepare-se para mais uma decepção. Hollywood segue firme em sua missão de “atualizar” tudo que funcionou por décadas, convenientemente esquecendo que o apelo original dessas histórias transcendeu gerações justamente por não estarem amarradas a agendas ideológicas passageiras.
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