Por Claudio Dirani
“Weird”: a Branca de Neve fake lacrou e se deu mal
Era uma vez uma atriz de origem latina chamada Rachel Zegler, que despontaria nas mãos do genial Steven Spielberg no remake de Amor, Sublime Amor (2021). Porém, o que o diretor de Tubarão, E.T. A Lista de Schindler e muitos outros clássicos sequer desconfiava à época, é que a revelação de sobrenome polaco provaria ser uma constante pedra no sapato…da própria Hollywood.
A encrenca da vez da polêmica jovem natural de Nova Jersey – e protagonista de Jogos Vorazes – A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes – está ligada à política.
Para a surpresa de toda a população marciana, Rachel Zegler escolheu o lado da maior parte da horda lacradora do showbiz: lacrar nas redes sociais contra o bicho-papão Donald J. Trump – o vencedor incontestável da corrida presidencial contra a candidata da cultura woke, Kamala Harris.
Para entender melhor a mais recente treta da nova Branca de Neve da Disney, é preciso voltar mais ou menos entre 5 e 6 de novembro, quando Trump já havia ultrapassado o número mínimo de delegados (270) para vencer a corrida pela Casa Branca.
Assim que as projeções estavam praticamente consolidadas, Zegler fez aquilo que se esperava dela: atacar os eleitores que discordaram de sua opção política.
A mesma atriz que tripudiou o filme que ela própria irá estrelar em 2025 – e demonstrou apreço aos controles de Gaza, ou seja, o Hamas – partiu para a ofensiva com um daqueles textões bastante comuns na classe artística. Seja ela, brasileira ou americana.
Zegler ataca de novo: “Que eles nunca tenham paz!”
Armada para lacrar, Rachel Zegler partiu para o Instagram, quase imediatamente ao saber que Kamala Harris não daria continuidade à trágica e inflacionária administração democrata com o frágil (e traído pelo próprio partido Democrata) Joe Biden.
Em uma série de mensagens postadas no Story da rede social da Meta, a atriz soltou o verbo à moda Zegler:
“Estou sem palavras. Serão mais quatro anos de ódio, que nos colocarão em um mundo em que não quero viver… Será um mundo onde será difícil criar minha filha. Também será um mundo que forçará àquelas ter um bebê àquelas que não desejam”, decretou a lacradora, se referindo diretamente à criminosa prática de matar crianças promovida por Kamala e cia.
Depois de ressaltar que os eleitores que colocaram Trump de volta ao centro do poder em Washington D.C. portavam uma “doença profunda” – mesmo descobrindo que o republicano havia derrotando sua candidata no voto popular e no colégio eleitoral (312 x 226 – a chamada “lavada”), Rachel Zegler decidiu ir além, sacramentando sua verve radioativa:
“Que os apoiadores e eleitores de Trump e o próprio Trump nunca conheçam a paz. F**a-se Trump. Abandonem o X de Musk, o seu grande apoiador”, ratificou a pequena e venenosa “artista”.
Não precisaram de horas – sequer, de minutos – para que a resposta à Zegler viesse à altura de sua verborragia esquerdista – aquela que costuma usar as palavras de uma manual repetidas como um papagaio.
Após receber toneladas de críticas nas redes sociais, veio o comentário mais certeiro. Megyn Kelly – uma das mais respeitadas comentaristas da FOX News – colocou os pingos nos is nas frases mal escritas do caso:
“Imagine se uma atriz escrevesse assim: Malditos são todos os eleitores de Kamala e Trump. Que todos eles nunca encontrem a paz. F**a-se, Kamala… Você realmente acredita que essa pessoa não seria imediatamente demitida”, ponderou. “Zegler não passa de uma porca”, vociferou a jornalista.
O questionamento e revolta de Kelly – que também é host de um programa na emissora por assinatura SiriusXM – deve ter chegado rapidinho aos smartphones dos cabeças da Disney, que aparentemente não sabem mais o que fazer para controlar os rompantes de Rachel Zegler.
Branca de Neve e seus questionáveis pedidos de perdão
Hollywood costumava ser sinônimo de cinema – e do sonho pelo Oscar e bilheterias bilionárias. Claramente, com o avanço da cultura woke, estúdios, diretores e produtores decidiram virara a chave, colocando entre as prioridades a vitória na guerra cultura. Mesmo que o todo o wokeismo infiltrado em peças, músicas, filmes e livros custe o preço de flops, antes inimagináveis.
A recente virada de chave demonstrada por alguns dos expoentes da indústria cinematográfica e de empresários – os mesmos que colocam dinheiro em filmes e séries – têm indicado uma sensível mudança no universo criativo.
A prova disso está na própria Rachel Zegler. Cerca de uma semana após destilar seu veneno contra Trump e seus eleitores, certamente a atriz foi obrigada a pedir desculpas públicas. Certamente, para salvar o que não deverá ser salvo: o reboot de Branca de Neve.
A quatro meses da estreia do longa, Zegler forçosamente foi às redes pedir desculpas – um pedido que soa falso, mas que fica registrado como uma pequena vitória do conservadorismo.
Afinal, mais de 74 milhões de americanos votaram em Trump – mais de 51% dos eleitores e consumidores de cinema dos EUA.
Tentando parecer que, de fato, não estaria implorando por perdão dos compradores de ingressos, Rachel soltou uma nota pública em tom de “arrependimento”:
“O ódio e a raiva fizeram com que nos afastássemos cada vez mais da paz e da compreensão, e lamento ter contribuído para o discurso negativo.. Esta semana foi cheia de emoções para muitos de nós, mas acredito firmemente que todos têm direito à sua opinião, mesmo quando ela difere da minha. Estou empenhado em contribuir positivamente para um amanhã melhor”, escreveu a assessora de imprensa da atriz – certamente com um pregador no nariz…