Desde sua estreia em The Last Jedi (2017), Rose Tico protagoniza cenas que mais parecem sketches de militância do que momentos épicos de Star Wars. A missão em Canto Bight, por exemplo, abre com Finn e Rose desembarcando num cassino luxuoso para resgatar o “Master Codebreaker”, apenas para descobrir que ele alimenta tráfico de crianças — uma denúncia social pesada, mas encaixada de forma abrupta e prolongada, sem relevância real para a resistência . Críticos como Armond White classificaram o arco como “multi-culti play” politicamente correto; Aine O’Connor chamou de “subtrama fraca” e o New York Observer definiu a sequência como um “side-quest equivocado” . A corrida de speeders em Canto Bight, com seus efeitos visuais chamativos mas sem tensão dramática efetiva, ilustra bem esse conceito de enchi-linguiça woke, interrompendo o fluxo principal da trama para impor mensagem social de forma forçada.
Outro momento emblemático é em Crait, quando Finn se lança para se sacrificar sob um AT-M6 e Rose o atinge com seu sabre, dizendo “É assim que vamos vencer essa guerra… salvando o que amamos, não matando o que odiamos” . A fala, elevada a bordão woke, foi alvo de críticas até entre comentaristas simpáticos à representatividade, pois soa deslocada diante da urgência de uma batalha crítica. O clímax dessa cena chega ao cúmulo quando Rose beija Finn e desmaia — um beijo que arruinou definitivamente a química que muitos esperavam entre Finn e Rey, substituindo expectativa de heroísmo por moralismo romântico . Fãs reclamam que essas intrusões ideológicas não agregam profundidade à personagem, apenas reforçam o caráter decorativo de Rose como avatar de pautas identitárias.
Como Rose Tico afunda a narrativa
Além de cenas mal encaixadas, a própria caracterização de Rose padece de falta de arco dramático convincente. Christopher Machell descreveu-a como “lamentavelmente subdesenvolvida”, e Kyle Pinion a chamou de “quase não-entidade” que “nunca cresce para além de mera coadjuvante de quota” . A insistência em mantê-la como símbolo woke custou ritmo ao filme: cada intervenção de Rose soa premeditada para agradar ativistas, não para impulsionar o enredo. O resultado é um personagem que divide mais do que une, exaurindo a paciência de quem busca aventura espacial genuína.
Por fim, quando The Rise of Skywalker relegou Rose a aparições esparsas, a maioria dos fãs respirou aliviada, vislumbrando retorno ao foco nos Skywalkers e na luta contra o Império. Trazer Rose de volta agora só reforçaria o equívoco de subtrair narrativa em nome de agendas externas. Quem critica Rose Tico não é retrógrado: é espectador que exige coerência, emoção e histórias épicas, não sermões maquinizados de diversidade. O fracasso de Rose demonstra que Star Wars pertence aos fãs de verdade — não a burocratas culturais.