Suposto Anúncio de Elenco Busca Atriz Latina para Interpretar a Arqueóloga dos Chapéus de Palha
De acordo com os últimos rumores nos mares da internet – e que, se verdadeiros, representariam uma decepcionante mudança na série em relação à sua dedicação anteriormente evidenciada à precisão do material original – um suposto anúncio de elenco para a segunda temporada de “One Piece” da Netflix sugere que a série live-action está buscando mudar a raça da ex-adversária e atual aliada dos Chapéus de Palha, Nico Robin.
Conforme relatado por diversos veículos, incluindo What’s on Netflix, Anime Hunch e a conta de notícias do Twitter específica da franquia “One Piece”, Oro Japan, o suposto anúncio de elenco fornece detalhes sobre as aparências desejadas pela série para os retratos em live-action de sete novos personagens que encontrarão os Chapéus de Palha durante suas aventuras na 2ª temporada.
Entre eles está Nico Robin, cujo papel a Netflix estaria buscando entregar a uma atriz hispânica/latina entre 20 e 39 anos. Notavelmente, caso o papel de Robin acabe realmente sendo interpretado por tal atriz, isso representaria a primeira grande mudança racial de um personagem principal de “One Piece” durante sua tradução para o live-action.
No mangá original de Eiichiro Oda, a leitora de Poneglyphs dos Chapéus de Palha sempre foi retratada com a pele extremamente clara, quase branca, como evidenciado pelas primeiras colorações oficiais de Oda tanto de sua versão adulta quanto infantil, vistas na sua estreia em cores no capítulo 226 do mangá e na capa do 41º volume, respectivamente.
Além disso, ao responder a pergunta de um fã sobre de quais países os nove Chapéus de Palha viriam se “One Piece” se passasse no mundo real, Oda opinou que, quando se tratava de Robin, ele a imaginava vindo da Rússia.
Dito isso, a intenção da Netflix de escalar uma atriz latina como Robin parece se basear no fato de que, na adaptação em anime da série e por razões atualmente desconhecidas, o estúdio de produção Toei Animation escolheu retratá-la em suas primeiras aparições com a pele bronzeada, corrigindo seu erro apenas após o timeskip da série.
No entanto, em vez dessa discrepância representar alguma confirmação secreta de que Robin deveria vir de alguma vaga origem étnica – como acreditam alguns dos fãs mais ativistas de “One Piece” – a verdade é que isso não representa nada além de um erro de coloração por parte da Toei, dado a consistência comprovada de Oda em retratá-la com a pele clara.
Embora a suposta mudança racial de Robin representaria, como observado acima, a primeira vez que tal alteração em live-action foi feita em um personagem principal, não seria a primeira a ser feita no elenco geral da série.
Como visto na 1ª temporada, apesar de ser retratada no mangá com um tom de pele oliva no máximo, a irmã de Nami, Nojiko, foi interpretada como negra, com o papel dado à atriz nigeriana-sul-africana Chioma Umeala.
Até o momento da redação, as filmagens da segunda temporada do live-action de “One Piece” da Netflix estão programadas para começar em junho.
Infelizmente, essa tendência de mudanças raciais parece ter se tornado comum em Hollywood, com a cultura “woke” muitas vezes priorizando a diversidade forçada em detrimento da fidelidade ao material original. Embora a representatividade seja importante, alterar personagens estabelecidos para se adequar a agendas políticas raramente agrada aos fãs dedicados. Resta saber se essas mudanças em “One Piece” serão bem recebidas ou se levarão a mais uma adaptação live-action decepcionante.
O que pode ser esperado de uma eventual segunda temporada de One Piece?
