A atriz Sarah Silverman fez duras críticas ao Sindicato dos Atores dos EUA (SAG-AFTRA) por fechar acordos provisórios com produções audiovisuais independentes durante a greve que paralisa Hollywood. Porém, após se informar melhor, a artista voltou atrás e admitiu que seu posicionamento inicial estava equivocado.
Em um vídeo no Instagram com quase 3 minutos de duração, Silverman disparou contra colegas de profissão que aceitaram trabalhar nessas produções independentes, autorizadas em caráter excepcional pelo sindicato. Ela classificou a postura desses atores como “fura-greve”.
“As estrelas de cinema estão fazendo filmes porque são produções independentes e o SAG está permitindo isso. Mas a greve só acaba quando sentarmos à mesa e fecharmos um acordo”, declarou a atriz, visivelmente irritada.
Ela ainda acusou o sindicato de enfraquecer o movimento grevista ao liberar as filmagens. “Quando o SAG aderiu à greve, deveria ver todas as estrelas de cinema fazendo greve, pois vocês têm seguro e outros benefícios graças ao sindicato. Como vocês não conseguem apoiar o sindicato?”, questionou.
Porém, após se reunir com lideranças do SAG-AFTRA, Silverman mudou de posição e fez um novo pronunciamento admitindo que seu posicionamento inicial estava equivocado.
Ela explicou que os acordos provisórios exigem que as produções independentes sigam as mesmas condições pleiteadas pelo sindicato na negociação com os grandes estúdios. Além disso, qualquer empresa que queira distribuir essas produções também precisa aceitar os termos propostos pelo SAG-AFTRA.
“Isso mostra para os estúdios que o que estamos pedindo não é irrazoável e pode ser feito. E os obriga a participar se quiserem o produto final”, afirmou a artista.
Silverman encerrou dizendo que, apesar de ainda se incomodar com a situação, entende que todos querem o mesmo: um fim rápido para a greve com a conquista de benefícios.