Quarentona Scarlett Johansson envelhece já reclamando do machismo

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Em um movimento promocional digno de estudo em faculdades de marketing como “o que NÃO fazer”, Scarlett Johansson decidiu que a melhor forma de promover “Jurassic World Rebirth” era atacar exatamente o público que a tornou milionária: os homens que a achavam atraente em suas cenas de ação.

O filme estreia nesta quarta-feira (sim, quarta – já começamos estranho), tentando aproveitar o feriado de 4 de julho americano antes que Superman e Quarteto Fantástico dominem as bilheterias. Com 56% no Rotten Tomatoes baseado em 71 críticas, o filme já não estava em posição confortável. Então, o que faz a estrela principal? Decide dar uma entrevista ao Times of London reclamando do “male gaze” que construiu sua carreira.

Vamos aos fatos inconvenientes: Scarlett Johansson se tornou um nome conhecido graças ao MCU. Seu papel mais icônico? Viúva Negra – literalmente usando um traje colado. Salário estimado por filme Marvel: US$ 15-20 milhões. Idade atual: 40 anos. A equação é simples: ela aceitou os papéis, vestiu os trajes, depositou os cheques e agora, convenientemente, descobriu que tudo era problemático.

Johansson reclama que “quando entrou na indústria, os papéis oferecidos geralmente centravam-se na desejabilidade e nas necessidades de seus colegas masculinos”. Curiosamente, ela não menciona que ninguém a forçou a aceitar esses papéis, que esses papéis a tornaram rica e famosa, e que sem o MCU, ela provavelmente seria apenas “aquela atriz de Lost in Translation”. A ironia? Ela está promovendo um filme de dinossauros – não exatamente o pináculo da arte cinematográfica feminista.

Vejamos alguns exemplos recentes: Ballerina, o spin-off feminino de John Wick, foi um fracasso de bilheteria. Furiosa teve boa crítica mas péssima bilheteria. O box office geral registra recordes históricos de baixa audiência. Coincidência? Talvez. Ou talvez o público esteja cansado de ser tratado como o vilão por gostar do que sempre gostou: entretenimento escapista com pessoas bonitas fazendo coisas legais.

O mais revelador? Scarlett só começou essas reclamações quando chegou aos 40 anos, quando os papéis de “heroína de ação sexy” começaram a diminuir e quando precisava se reinventar na indústria. Em 2022, durante a promoção de “Viúva Negra”, ela já havia testado esse discurso. Agora, em 2025, ela dobra a aposta – justo quando precisa atrair público para um filme que parece ser “Jurassic Park 2.0”.

“Eu não quero ser lembrado do mundo real quando vou ao cinema. Quero ver algo bonito. Vejo o suficiente do mundo todos os dias. É um lugar feio.” As pessoas vão ao cinema para escapar da realidade, ver espetáculo, se divertir e, sim, ver pessoas atraentes fazendo coisas impossíveis. Não há vergonha nisso. É entretenimento, não um seminário de estudos de gênero.

Com essa estratégia promocional suicida, “Jurassic World Rebirth” enfrenta competição brutal de Superman e Quarteto Fantástico, críticas mornas e uma estrela alienando o público principal. A menos que os dinossauros sejam MUITO convincentes, prepare-se para mais um exemplo de como transformar entretenimento em sermão é a receita perfeita para o fracasso comercial.

O “male gaze” que Scarlett tanto critica? É o mesmo que pagou seu salário, construiu sua carreira e a colocou numa posição onde ela pode se dar ao luxo de reclamar dele. A ironia é deliciosa – ou seria, se não fosse tão previsível. Hollywood continua confundindo ativismo com entretenimento, e os resultados falam por si. Enquanto isso, o público vota com a carteira – e cada vez mais, o voto é ficar em casa.

Dinossauros podem ter sido extintos por um meteoro. Carreiras em Hollywood? Por entrevistas no Times of London.

Scarlett Johansson recusa divulgação de Jurassic World

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