Segredos de streaming da Disney podem ser revelados em processo

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Batalha jurídica acirrada contra a Disney após processo de investidores

Uma grande batalha jurídica está se formando para a Disney, pois um juiz federal aceitou um processo movido por investidores que alegam ter sido enganados sobre a saúde financeira do Disney+ durante a gestão do ex-CEO Bob Chapek. A juíza distrital dos EUA, Consuelo Marshall, negou o pedido da Disney de arquivar o caso, sinalizando que as alegações contra a gigante do entretenimento merecem um exame mais aprofundado.

Revelando os bastidores do streaming da Disney

Esta decisão abre caminho para a divulgação de discussões internas da Disney sobre streaming, decisões e estratégias que a empresa pode ter preferido manter em sigilo. Se o caso for adiante, pode forçar a Disney a revelar detalhes sobre como seu império de streaming foi construído – e as escolhas que os executivos fizeram e que agora podem lamentar.

No coração do processo está a alegação de manipulação financeira

No centro do processo do Disney+ estão as alegações de que Chapek e outros executivos de alto escalão orquestraram um plano para mascarar as verdadeiras dificuldades financeiras causadas pelo crescimento agressivo de assinantes e metas de lucratividade elevadas. Os investidores argumentam que a empresa apresentou um quadro excessivamente otimista do desempenho do Disney+, apesar das crescentes perdas que estavam sendo escondidas por meio de contabilidade criativa e decisões estratégicas de distribuição de conteúdo.

Acordo de liderança e distribuição de conteúdo

A denúncia acusa Chapek de reformular a estrutura de liderança executiva da Disney para melhor ocultar os custos crescentes do Disney+. Isso incluiu a transferência de programas destinados a originais de streaming para redes de TV tradicionais para compensar as despesas de streaming. Essas manobras supostamente ajudaram a manter a ilusão de que o Disney+ estava no caminho certo para atingir a lucratividade até 2024.

Testemunhos e documentos confidenciais podem ser revelados

À medida que os processos judiciais continuam, há uma especulação crescente de que documentos e depoimentos sigilosos podem vir à tona, lançando luz sobre as estratégias internas da Disney e revelando as decisões de bastidores que moldaram o Disney+. Com o processo avançando, o potencial de expor informações anteriormente ocultas aumentou o interesse dos investidores e o escrutínio público.

Gasto excessivo em conteúdo e metas de assinantes questionáveis

Os investidores também alegam que as ambiciosas metas de crescimento de assinantes de Chapek – quadruplicando as expectativas para 230 milhões até 2024 – eram irreais. Em dezembro de 2024, o Disney+ havia acumulado 124,6 milhões de assinantes básicos, ficando significativamente aquém desses objetivos. O processo do Disney+ afirma que Chapek e sua equipe priorizaram ganhos de curto prazo em assinantes em detrimento da estabilidade financeira de longo prazo, levando a erros estratégicos que acabaram impactando os resultados financeiros da empresa.

Reorganização e realocação de custos

O tribunal considerou que os investidores forneceram evidências suficientes sugerindo possível conduta enganosa. Central nessas alegações está a reorganização das operações de mídia e entretenimento da Disney sob o braço da Disney Media and Entertainment Distribution (DMED). Essa reestruturação permitiu que Chapek e seu vice, Kareem Daniel, consolidassem o controle sobre a distribuição de conteúdo, supostamente permitindo que manipulassem como os custos eram relatados nas divisões da Disney.

Pressão interna e estratégias promocionais questionáveis

Uma das alegações mais contundentes envolve os gastos massivos da Disney com conteúdo. Sob a liderança de Chapek, os gastos com conteúdo dispararam para US$ 33 bilhões em 2021, com mais de US$ 16 bilhões alocados apenas para o Disney+. A estratégia era “inundar as prateleiras digitais” com uma vasta gama de conteúdo para atrair novos assinantes, de acordo com o processo.

O processo do Disney+ é um grande teste para a Disney

O processo do Disney+ representa investidores que compraram ações da Disney entre dezembro de 2020 e maio de 2023, período em que o preço das ações da empresa despencou cerca de 55%. Apesar das afirmações da Disney de que ela sempre alertou os investidores sobre os riscos ligados à sua estratégia de streaming, o tribunal considerou que as alegações dos investidores tinham mérito suficiente para permitir que o caso prosseguisse.

Um olhar mais atento sobre o futuro do streaming da Disney

À medida que a batalha jurídica se desenrola, o manuseio das ambições de streaming da Disney sob Chapek enfrentará um intenso escrutínio. Com alegações de práticas enganosas e estratégias financeiras questionáveis no centro das atenções, o resultado deste processo do Disney+ pode ter implicações significativas tanto para o futuro da empresa quanto para a confiança dos investidores.

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