Sony decide não divulgar informações do PlayStation 6 à Activision Blizzard

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A Sony, que está fortemente envolvida na tentativa de bloquear a negociação entre a Activision Blizzard e a Microsoft, decidiu não revelar detalhes do projeto do PlayStation 6 para a editora responsável por franquias populares como Call of Duty e Diablo. De acordo com Jim Ryan, presidente da Sony Interactive Entertainment, a empresa japonesa não pode correr o risco de compartilhar informações sobre seu próximo console com uma empresa que pode em breve ser adquirida por um concorrente direto de mercado. Isso ocorre porque o PlayStation e o Xbox têm bibliotecas de jogos praticamente idênticas, exceto pelos exclusivos, e, portanto, possuem públicos-alvo semelhantes.

Jim Ryan revelou essa posição durante uma discussão com a Comissão Federal de Comércio (FTC) dos Estados Unidos em abril.  Ryan afirmou que a Sony “simplesmente não pode correr o risco de permitir que uma empresa cujo proprietário é um concorrente direto tenha acesso a essas informações”.

PlayStation 5 Mídia Física e PS5 Versão Digital

Vale lembrar que desde que a Microsoft adquiriu a Activision Blizzard por US$ 68,7 bilhões em janeiro de 2022, a Sony tem se oposto firmemente à aprovação do negócio, especialmente devido à enorme popularidade da franquia Call of Duty.

Por sua vez, a Microsoft garantiu que continuará lançando Call of Duty no PlayStation e ofereceu à Sony um contrato de 10 anos com lançamentos regulares da franquia nesse período. No entanto, é provável que, se a negociação for aprovada pelos órgãos reguladores, todas as propriedades intelectuais da Activision Blizzard sejam disponibilizadas no lançamento no Game Pass, enquanto os jogadores do PlayStation teriam que pagar o preço integral dos jogos.

A Sony acredita também que a venda da Activision Blizzard pode levar à interrupção do desenvolvimento de jogos para o PlayStation, uma vez que a empresa “não poderá mais compartilhar dados confidenciais” com uma empresa pertencente a um concorrente direto.

Ryan afirma que a fusão entre a Activision Blizzard e a Microsoft resultaria na perda da confiança de trabalhar com a editora de Call of Duty e Diablo, e que a própria Activision Blizzard perderia o interesse em desenvolver projetos que aproveitem recursos específicos do PlayStation.

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