Um Novo Medo de Kryptonita
O reboot de Superman de 2025 é, por unanimidade, um sucesso retumbante. A crítica adorou, o público está amando e o filme arrecadou muito em seu fim de semana de estreia. Também me assustou pra caramba em algumas cenas de ação.
Eu aguento muita violência em filmes. Não teria assistido a quatro filmes de John Wick e ao spin-off Ballerina se morte-por-livro-de-biblioteca me incomodasse — pelo contrário, me deixa um pouco eufórico. Membros decepados, miolos explodindo, a mão de Jack Quaid mergulhada em óleo fervente, tudo bem para mim. O que eu não aguento é violência contra os olhos, algo que não esperava encontrar em Superman. Embora, considerando que este é um filme de James Gunn, talvez eu devesse ter previsto. (Trocadilho intencional.)
Olhos Bem Fechados
No início do novo filme do Superman, estrelado por David Corenswet como o Grande Escoteiro Azul, Lex Luthor (Nicholas Hoult) solta um kaiju em Metrópolis. A criatura não demonstra muita inteligência ou intenção, se comportando mais como um desastre natural em forma de kaiju. O gigante tropeça por aí, crescendo rapidamente a cada momento, cuspindo fogo, causando estragos na arquitetura de Metrópolis e quase matando um cachorro, que está muito ocupado latindo para o Superman para fugir do perigo.
A Liga da Justiça — Guy Gardner/Lanterna Verde, Sr. Incrível e Mulher-Gavião — chega à cena para ajudar o Superman a deter o kaiju, cuja pele é muito resistente para ser danificada. A solução? Atacar os olhos. Arrepios.
Em vez de um simples super soco nos olhos do kaiju, a Mulher-Gavião acerta um de seus olhos com sua maça. Não consigo descrever em detalhes como o resto da luta se desenrola, pois assisti com os dedos abertos na frente do rosto, tentando acompanhar a ação sem muitos detalhes que induzem fobia. Ela não apenas acerta o golpe — sua maça fica presa no olho da pobre criatura (horrível!) enquanto Gardner cria uma estrutura pontiaguda para martelar comicamente o outro olho do kaiju.
A cena é felizmente curta, e a Liga da Justiça mata o kaiju de forma bem casual. Pensei que aquela cena seria o fim da mutilação ocular no filme, mas perto do final, enquanto o Super-Homem luta contra o Ultraman e a Engenheira, ele enfrenta seu próprio ataque ocular. A Engenheira (María Gabriela de Faría) usa seu corpo de nanobots (não pense muito sobre isso) para envolver o rosto do Superman, atacando seus olhos e enchendo seus pulmões. No geral, é uma cena nauseante e não o tipo de horror corporal que eu esperaria em um filme de super-herói.
Mas eu deveria ter esperado isso em um filme de James Gunn — os ferimentos oculares nojentos em Superman continuam uma pequena tendência em seus filmes. O pior exemplo vem de O Esquadrão Suicida (o bom, não o ruim de 2016). Arlequina, Sanguinário e outros anti-heróis devem derrubar Starro no final do filme. Sabe, a estrela-do-mar psíquica gigante cujo corpo se centra em um gigantesco globo ocular.
O globo ocular de Starro é horrível o suficiente para se olhar por si só — é tão grande — mas o verdadeiro horror começa quando o Esquadrão ataca o sujeito, forçando os mais sensíveis entre nós (sendo eu) a desviar o olhar. A Arlequina de Margot Robbie salta no olho de Starro com um dardo, não apenas perfurando seu olho, mas o atravessando completamente. Arlequina cai dentro do olho de Starro e nada alegremente dentro dele. O horror continua quando o enxame de ratos do Caça-Ratos segue Arlequina para dentro, comendo a estrela-do-mar por dentro. Grotesco.