Criadores de Smallville dizem que Superman é um imigrante ilegal e lacram até babar

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Pergunta sincera: quando foi que Hollywood decidiu que todo personagem de capa precisa carregar uma dissertação de mestrado em estudos sociais costurada no uniforme?

A mais recente vítima dessa síndrome é ninguém menos que Superman, que agora, segundo os iluminados irmãos Gunn e os criadores de Smallville, é “o derradeiro imigrante ilegal”. Pasmem. O último filho de Krypton, que literalmente caiu do céu em uma fazenda no Kansas, virou peça de xadrez político.

É fascinante observar como Alfred Gough e Miles Millar, em entrevista recente, ficaram chocados — CHOCADOS! — que alguém ousasse questionar essa leitura. “Está embutido no que o personagem é!”, exclamaram, como se tivessem descoberto a pedra filosofal da narrativa superheroica.

Claro. Porque quando Jerry Siegel e Joe Shuster criaram Superman em 1938, dois filhos de imigrantes judeus tentando ganhar a vida durante a Grande Depressão, certamente estavam pensando em criar um manifesto sobre políticas migratórias do século XXI. Com certeza.

O problema não é reconhecer paralelos. Superman sempre teve elementos que ressoam com a experiência do estrangeiro em terra nova. O problema é quando essa leitura se torna uma camisa de força ideológica, um carimbo obrigatório que todo criador precisa bater para provar suas credenciais progressistas.

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Vejam a ginástica retórica: Superman é simultaneamente “o sonho americano” e um “imigrante ilegal”. É Americana pura, mas sem o “American Way” — que foi convenientemente deletado do lema do herói. É como querer fazer omelete sem quebrar ovos, mas insistindo que os ovos são construções sociais opressivas.

Dean Cain, o Superman dos anos 90, teve a audácia de questionar essa narrativa. Resultado? Virou persona non grata mais rápido que uma bala disparada em Metrópolis. Sua série, Lois & Clark, misteriosamente sumiu da HBO Max. Coincidência? No universo DC atual, não existem coincidências — apenas cancelamentos estratégicos.

O episódio de Smallville citado por Gough, onde Clark encontra um trabalhador rural indocumentado, é revelador. A rede ficou nervosa em 2006, preocupada que fosse “político demais”. Os criadores riram: “É literalmente a história do Superman!”

Não, senhores. A história do Superman é sobre um bebê adotado por fazendeiros honestos que o criaram com valores sólidos para se tornar o maior herói da Terra. Transformá-lo em alegoria política unidimensional é reduzi-lo a um PowerPoint ambulante.

O que torna tudo isso ainda mais patético é o timing. James Gunn lança seu filme proclamando ser uma “história de imigração” exatamente quando Hollywood sangra bilhões em fracassos woke. The Marvels, Indiana Jones 5, The Little Mermaid — a lista de desastres ideológicos é mais longa que a capa do próprio Superman.

Enquanto isso, o público — esse detalhe inconveniente que paga os ingressos — continua rejeitando sermões disfarçados de entretenimento. Mas Hollywood insiste, como um DJ surdo tocando a mesma música enquanto a pista de dança se esvazia.

A ironia suprema? Superman sempre foi sobre esperança, sobre elevar a humanidade ao seu melhor potencial. Agora, foi rebaixado a veículo para debates políticos rasos, tão inspirador quanto uma thread no Twitter.

Preparem-se. Se Superman agora é um “imigrante ilegal”, Batman logo será reimaginado como um bilionário arrependido que doa a Batcaverna para ONGs. Mulher-Maravilha? Uma ativista não-binária lutando contra o patriarcado amazônico.

O Homem de Aço não precisa de kryptonita para ser derrotado. Hollywood já encontrou sua fraqueza: transformá-lo em porta-voz de pautas que mudam mais rápido que ele troca de roupa em uma cabine telefônica.

Que Jor-El nos proteja do que vem por aí, ele e o seu harém!

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