The Hollywood Reporter diz que Disney desistiu de série
Por Claudio Dirani
No começo de tudo, soou como fanfarra – ao melhor estilo da clássica abertura da 20th Century Fox. Quando Star Wars – The Acolyte estreou em 4 de junho no Disney +, a showrunner da série, Leslye Headland, comemorou os 4.8 milhões de views da atração.
E não parou por aqui.
Cinco dias mais tarde, os números da audiência subiram para 11.1 milhões de visualizações, colocando a produção no topo do ranking da plataforma em 2024.
O aparente sucesso comercial, no entanto, era apenas superficial. Depois de sofrer com uma avalanche de críticas negativas – principalmente dos fãs de longa data da franquia – o castelo de areia de Headland parece realmente ter sido engolido pelo mar.
Sem cerimônia, o site deixou claro que The Acolyte não terá uma segunda temporada, contrariando rumores espalhados pela própria Lucasfilm. A informação foi apresentada pelo The Hollywood Reporter, que trouxe as costumeiras alegações para o cancelamento do show estrelado por Amandla Stenberg que se passa 100 anos antes de Star Wars – A Ameaça Fantasma, primeiro episódio dos prequels.
“(The Acolyte) foi um alvo fácil. (as críticas) realmente feriram a percepção do público sobre a série”, apontou a fonte, que revelou o cancelamento da produção ao The Hollywood Reporter.
Sem apresentar a real motivação para o fim de The Acolyte, o site prosseguiu com a matéria, especulando sobre a decisão supostamente oferecida pela Disney.
“O show recebeu muitos reviews-bomba das partes que o classificaram como “woke” e atacaram Leslye Headland – uma integrante do movimento LGBTQ+, além da diversidade dos personagens que atuam na série”, escreveu a publicação.
The Acolyte: vitimização e conteúdo fraco
A exemplo de parte da mídia tradicional, o The Hollywood Reporter preferiu não mencionar qualquer falha no roteiro e na direção dos episódios de The Acolyte, optando por resgatar mais uma declaração polêmica de Leslye Headland, acusando os fãs pelos míseros 18% de aprovação no site Rotten Tomatoes
“Honestamente, é muito triste que as pessoas liguem o fato de algo ser ruim apenas por ser gay. Isso é lamentável, pois eu considero (The Acolyte) a mais importante obra de arte que já fiz”, lamentou a produtora, sem cogitar que o público possa ter reprovado a série por questões técnicas – principalmente, em relação ao conteúdo da história e qualidade do elenco.
As reclamações, entretanto, podem ser facilmente encontradas nas redes sociais. Em uma postagem no Reddit, por exemplo, um usuário destaca a má atuação dos atores, justificando sua reprovação.
“A atuação é ruim. Assisti ao começo da série, mas mal consegui terminar o segundo episódio”, escreveu o espectador.
Em outra plataforma, o The Observer, o crítico Michael Kateregga escreveu:
“The Acolyte é uma série OK – tendo muita boa vontade – mas consegue ser realmente chata na maioria do tempo. Por que será que a qualidade da produção fica parecida com uma série do canal CW mesmo com um orçamento tão gigante”, analisou.
A seção reservada para as críticas de usuários do IMDB também não trouxe boas notícias para Headland e sua principal aliada, Kathleen Kennedy.
“Sou um fã de longa data de Star Wars e posso dizer que os criadores de The Acolyte não tiveram qualquer respeito pelo universo da franquia (…) Essa diretora dificilmente entende alguma coisa de Star Wars e a série irá arruinar toda a história, se continuar a ser feito”, concluiu um dos usuários.