The Continental: É uma série em essência, já na prática é outra história.

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Desde o primeiro John Wick, por culpa do próprio hotel continental, estava claro como dia que existia um mundo rico para ser explorado, sem ignorar a história do ex-assassino e de tantos outros como ele, além de associações que estão juntas a cúpula, como comerciantes de armas, alfaiates balísticos, e até a equipe de limpeza.

O derivado The Continental: Do Mundo de John Wick, é uma série de ação e suspense do Peacock e distribuído pelo Prime Vídeo aqui no brasil.
Como sabem, a série é um prequel da franquia John Wick e se passa durante os anos 70, no Continental, o famoso hotel dos filmes que além de ser um território neutro, hospeda os assassinos ligados a cúpula, sendo uma importante instituição no mundo do S.R Wicki.

Na época da série, ocorreu algo que impactou nova York, local em que a história é contada, pois a greve da coleta de lixo, aconteceu em 1968. Na época, o contrato da firma que cuidava da coleta, havia vencido, e o líder da prestadora de serviço disse que entraria em greve caso não houvesse um aumento, sabendo disso, o prefeito John Lindsay soube do problema, e resolveu dar um aumento de 400$ dólares, melhor aposentaria e 100% de hora extra aos domingos.

Contudo, os coletores não quiseram conversa, por achar o salário baixo, e achar que o prefeito estava de piada pra cima deles, então 7 mil trabalhadores entraram em greve, sendo 70% dos trabalhadores. Só pra você ter ideia desse problema, em apenas 3 dias a cidade de nova York já havia acumulado 30 mil toneladas de lixo, e é nesse cenário feio e de odor terrível, em que a série The Continental se passa, além do período pós guerra no Vietnã.

Com a estreia do primeiro spin-off de John Wick, é possível confirmar que há mais histórias dentro do universo dos assassinos, a Alta Cúpula ainda não é ainda tão organizada, mas suas regras já existem e põe medo em qualquer marmanjo. Contudo, com apenas três episódios, a minissérie apenas mostra a ponta do iceberg do que vem por ai dentro da franquia.

As construções antigas estão por toda parte, e logicamente que o Continental tem seu destaque, trazendo consigo luxo e sofisticação, e já era de se esperar que a minissérie que leva o nome do icônico edifício, usasse isso a seu favor. Embora eu tenha gostado da série, o subtítulo Do Mundo de John Wick, não parece se preocupar muito em explicar, como a própria história do hotel Continental aconteceu, embora tenha seu nome no título. A minissérie tenta construir seu próprio caminho e até tem bons momentos, mas não consegue sustentar as subtramas que surgem ao longo da série, o que na minha opinião não faz jus ao que o hotel de assassinos tem a oferecer.

Aqui em the Continental, Stahelski, David Leitch e Derek Kolstad, o trio responsável pelo início do mundo de Wick, servem apenas como produtores do spin-off desenvolvido por Greg Coolidge, Kirk Ward e Shawn Simmons, que acompanha a história da origem de Winston.

Na série, o John wicki da vez é o elegante Winston, ao qual descobrimos se chamar Winston Scott, e aqui temos a ascenção do sindicato do crime, e a polícia suspeita desse surgimento. A série, é uma história inspirada em thrillers de crime dos anos 70, com referências diretas à ascensão da máfia e consequências de um pós-guerra. O diretor Albert Hughes é um cineasta conhecido por obras sobre cenários urbanos violentos.

Vale lembrar que a série tem uma longa duração, e tem a proposta de ser exibida como um filme, além de possuir três episódios.

A recriação de uma Nova York suja, mórbida e que parece ter um bandido em cada esquina é de qualidade, e aqui podemos ver um Winston, galante, sofisticado, e direto em suas palavras, algo não muito diferente do que vimos nos filmes.

A ambientação de uma nova York decadente é bem interessante, e ainda tem o problema com a jovem cúpula, que já põe medo em algumas autoridades apresentadas nesse episódio.
Mel Gibson é o figurão da vez, onde seu personagem, Cormac, está ansioso para ter o que é seu de volta, já que foi roubado dele, por Frank, irmão de Winston.

Esse primeiro episódio nos mostra que cada decisão, resulta numa consequência, seja ela simples ou bem elaborada. The continental não tem todo o brilho em neon da série original, mas trás consigo toda a essência, confusão, pancadaria e muito sangue na tela.

A estética da série é de filme, beirando vez ou outra a filmes clássicos do passado.
Os ataques corpo a corpo não possuem técnicas marciais, pois são apenas soco e chute, além das facas e tiros logicamente.

Curiosamente, o ator que incorpora o Winston, de fato lembra o Winston que conhecemos nos filmes, e por esse motivo, se apegar ao personagem é muito fácil.
THE continental não repete a história de John wicki, ao contrário, ela trás a proporia história, e o melhor nesse ponto, é que ela não enrola em nada no roteiro, contudo, o continental e sua história é deixado de lado.

Também vemos o jovem Charon, que já está ao lado do chefão da vez do continental, e já aparenta saber bastante de muita coisa desse mundo gangster.

A ação tem uma boa coreografia, principalmente a primeira delas na série, o figurino também não deixa a desejar, e algo curioso, é que o Frank, ele tem um jeito John wicki de ser, algo que fez perguntar se não seria ele o pai do John, afinal, a esposa do Frank é oriental, e embora o John tenha sido órfão quando foi adotado pela máfia, é uma boa possibilidade desses dois serem os pais do assassino implacável,, e o Winston ser seu tio, o que explicaria o motivo dele ser muito paciente com o protetor dos doguinhos.

Na minha opinião, a série é mais sobre o Winston e sua vingança, que sobre o hotel e a alta cúpula, e por isso é uma série que se sustenta perfeitamente sozinha, sem precisar se apoiar nos filmes originais. THE continental tem elementos que se destacam com facilidade, e vejo um grande destaque para a trilha sonora, ela realmente é bem assertiva nesse contexto.

THE continental também trás mais diálogos que pancadaria e tiros, diferente dos filmes, e mesmo assim ainda é bom de se ver, por ser bem trabalhado.

Porém, infelizmente senti o fim desse primeiro episódio se arrastar um pouco, mas ainda assim o caracterizo como bom, onde dou aquele 8. E Claro que vou passar pra vcs o que achei dos próximos que vem por aí blz?

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