Queda de 78% em relação à semana de estreia é a maior já registrada por filme da Marvel ou baseado em HQs
O mais novo fracasso de bilheteria da Marvel, The Marvels, acaba de registrar a pior queda de público no segundo final de semana de exibição da história não só do Universo Cinematográfico Marvel, mas de todos os filmes baseados em quadrinhos.
Após uma estréia recorde negativamente e desempenhos fracos nas bilheterias da segunda-feira, o filme protagonizado por Brie Larson como Capitã Marvel arrecadou apenas US$ 10,2 milhões domesticamente no segundo final de semana, uma queda vertiginosa de 78% em relação aos US$ 46,1 milhões da semana de estréia.
Recordes anteriores pertenciam a filmes como Ant-Man 2 e Morbius
Essa queda supera os recordes anteriores de maiores quedas no segundo final de semana, que pertenciam a Ant-Man and The Wasp: Quantumania (69,9%) e Morbius (74%) e sinaliza uma rejeição histórica do público à nova produção da Marvel.
Além disso, The Marvels foi apenas o 4o filme mais visto nos cinemas americanos no fim de semana, atrás de The Hunger Games: A Canção dos Pássaros e das Serpentes, Trolls Band Together e até do trash horror de baixo orçamento Dia de Ação de Graças da Sony.
Queda de 80% no exterior também é recorde negativo
Internacionalmente, o panorama não foi melhor. Com arrecadação estimada em US$ 19,5 milhões no exterior no segundo final de semana, The Marvels sofreu uma queda igualmente gigantesca de 80% em relação aos US$ 96,3 milhões da estréia mundial.
Filme deve se tornar primeiro da Marvel a não bater US$ 100 mi nos EUA
A essa altura, é improvável que o filme com orçamento de US$ 220 milhões consiga recuperar o investimento, o que seria um primeiro vexame para o lucrativo Universo Cinematográfico Marvel. The Marvels também deve se tornar o primeiro filme da Marvel a não chegar sequer a US$ 100 milhões de bilheteria doméstica, segundo estimativas da Variety.
Portanto, depois de uma série de fracassos recentes como Eternos e Thor: Amor e Trovão, The Marvels parece ser o prego no caixão da atual fórmula preguiçosa da Marvel de fazer filmes genericamente, contando com efeitos especiais e edição para consertar a história depois.
Resta saber se essa rejeição histórica do público finalmente levará a Marvel e seu presidente Kevin Feige a reverem seus processos criativos e voltarem a focar na qualidade narrativa, conforme já sinalizado por Feige e pelo CEO da Disney, Bob Iger. Mas enquanto directors como Ryan Coogler não assumirem de vez os destinos do MCU, é pouco provável que vejamos uma mudança positiva no futuro próximo desta franquia antes tão imbatível.
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