Enquanto o Japão começa a se afastar de investimentos baseados em ESG, The Pokémon Company International demonstra compromisso com iniciativas de diversidade e inclusão
Em um momento em que muitos investidores japoneses estão rejeitando a abordagem de investimentos baseada em critérios ambientais, sociais e de governança (ESG), The Pokémon Company International (TPCi) surpreendeu ao publicar uma vaga de emprego para o cargo de Diretor de Diversidade, Equidade, Inclusão e Responsabilidade Social. Essa decisão confirma que a subsidiária americana da The Pokémon Company, responsável pela amada franquia de jogos, não está alinhada com a crescente tendência de ceticismo em relação a investimentos ESG (Environmental, Social and Governance) no Japão.
O Papel do Novo Diretor
De acordo com a descrição da vaga, o futuro contratado terá a missão de facilitar e promover a cultura global de inovação, diversidade, equidade, inclusão e pertencimento da TPCi. Esse cargo trabalhará em parceria com a equipe de Diversidade, Equidade, Inclusão e Responsabilidade Social (DEISR) para desenvolver iniciativas e programas que influenciem o engajamento dos funcionários, a aquisição e gestão de talentos, o engajamento caritativo da comunidade e as oportunidades de mercado em toda a equipe global da empresa.
Além das responsabilidades padrão do cargo, o novo Diretor também será encarregado de alinhar os objetivos de diversidade, equidade e inclusão (DEI) com a estratégia de negócios da TPCi, tanto para os funcionários internos quanto para os fãs externos e as comunidades atendidas pela empresa. Em outras palavras, o Diretor garantirá que a DEI permaneça um foco não apenas nas operações internas da TPCi, mas também em sua abordagem de interação com os jogadores e fãs da franquia Pokémon.
Embora cargos relacionados à diversidade e inclusão não sejam incomuns no cenário corporativo moderno, o que torna essa vaga particularmente notável é o fato de que, dado que foi publicada com algum nível de aprovação da The Pokémon Company no Japão, ela indica que os responsáveis pela franquia ainda não aderiram à tendência de investidores japoneses de se afastar de fontes de financiamento relacionadas a ESG.
Segundo a Bloomberg, com base em informações da empresa de pesquisa Morningstar, os investidores japoneses retiraram um total de 660 bilhões de ienes (US$ 4,5 bilhões) de fundos ESG no ano passado, um valor quatro vezes maior do que as saídas de 150 bilhões de ienes em 2022. Essa fuga de capital prejudicou significativamente o crescimento da indústria de investimentos ESG no Japão.
Enquanto o Japão experimenta uma mudança de perspectiva em relação a investimentos baseados em ESG, a decisão da The Pokémon Company International de contratar um Diretor de Diversidade, Equidade, Inclusão e Responsabilidade Social demonstra um compromisso contínuo com iniciativas de diversidade e inclusão. No entanto, é importante questionar se essa abordagem é realmente necessária ou se é apenas mais um exemplo da cultura “woke” que permeia a indústria de entretenimento ocidental.
Será que a franquia Pokémon, conhecida por seu apelo universal e sua capacidade de unir pessoas de todas as idades e origens, realmente precisa de um foco explícito em diversidade e inclusão? Ou essa decisão é simplesmente uma tentativa de agradar a uma audiência cada vez mais exigente e politicamente correta?
Independentemente das motivações por trás dessa contratação, uma coisa é certa: a The Pokémon Company International está nadando contra a corrente em relação à tendência japonesa de rejeição a investimentos ESG. Resta saber se essa estratégia trará benefícios tangíveis para a empresa e para a amada franquia Pokémon, ou se será apenas mais uma concessão à cultura “woke” que domina Hollywood e a indústria de jogos ocidental.
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