Ubisoft atualiza “Assassin’s Creed” para reduzir violência

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O jogo Assassin’s Creed Shadows, desenvolvido pela empresa de jogos Ubisoft, chegou ao mercado recentemente e rapidamente gerou controvérsia no Japão. Ambientado no Japão feudal, o título permite que os jogadores, controlando personagens como Naoe e Yasuke, destruam shrines (santuários) religiosos e ataquem (civis) desarmados. Essa mecânica foi duramente criticada por muitos japoneses, que consideram os santuários espaços sagrados e a violência contra inocentes algo inaceitável. Um exemplo destacado é o santuário Itatehyozu-jinja, um local xintoísta na província de Hyogo, fundado em 564. Este santuário é visto como a morada terrena de divindades como Hyouzu-no-Ohkami, associado ao casamento e à construção da nação, e Itate-no-Ohkami, ligado ao plantio de árvores, vitória e felicidade, abrigando um total de 174 deuses locais. A possibilidade de demolir esse e outros santuários, além de agredir seguidores indefesos, foi interpretada como uma afronta à cultura e às tradições japonesas. O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishida, também se manifestou, expressando preocupação com o risco de o jogo inspirar atos violentos na vida real. Ele declarou: “Desfigurar um santuário é absolutamente inaceitável. Tais ações são uma ofensa à nação.”

Solução Apresentada pela Ubisoft

Diante das críticas, a Ubisoft respondeu rapidamente lançando uma patch (atualização) no dia do lançamento de Assassin’s Creed Shadows. Essa atualização reduz significativamente a capacidade dos jogadores de causar danos a santuários religiosos e atacar civis desarmados. Anteriormente, a mecânica de “destrutibilidade ambiental” permitia que Naoe e Yasuke destruíssem completamente esses locais históricos, incluindo móveis e até seguidores. Agora, essas interações foram limitadas. Segundo a Ubisoft, em confirmação ao IGN, as mudanças são universais, aplicando-se a todas as cópias do jogo, não apenas às comercializadas no Japão. A empresa optou por implementar a atualização discretamente, sem alarde público, possivelmente para evitar mais polêmicas. Com isso, a Ubisoft busca demonstrar respeito pela sensibilidade cultural japonesa e atender às demandas da comunidade local.

Patch remove acesso a locais religiosos japoneses em Assassin’s Creed

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