A Ubisoft, outrora uma potência do mercado de games, agora se agarra a um bote salva-vidas chinês para não afundar completamente no mar de seus próprios fracassos ideológicos. Num movimento que cheira a desespero absoluto, a empresa francesa anunciou a criação de uma subsidiária dedicada às suas marcas mais valiosas – Assassin’s Creed, Far Cry e Rainbow Six – com investimento minoritário da gigante chinesa Tencent.
Tradução: depois de anos empurrando propaganda progressista e alienando sua base de fãs, a Ubisoft está tão falida que precisa vender pedaços de si mesma para empresas estrangeiras. A Tencent injetará €1,16 bilhão (aproximadamente R$6,5 bilhões) nesta nova subsidiária, avaliada em cerca de €4 bilhões após o investimento. Um movimento desesperado para uma empresa que vem sangrando consumidores e dinheiro.
Não é coincidência que esta manobra aconteça enquanto o mais recente título da empresa, Assassin’s Creed Shadows, parece estar encontrando dificuldades no mercado. Enquanto a Ubisoft se vangloria de ter “alcançado 2 milhões de jogadores”, convenientemente se esquece de mencionar que 1,5 milhão desses “jogadores” são assinantes do Ubisoft+ que já têm acesso automático ao jogo. Ops.
O PREÇO DE ACORDAR PARA A REALIDADE DO MERCADO
O comunicado da empresa está repleto de jargões corporativos sobre construir “ecossistemas de jogos projetados para se tornarem verdadeiramente perenes e multiplataforma”. Traduzindo do corporativês: “Por favor, continuem comprando nossos jogos cheios de bugs e propaganda identitária, prometemos que desta vez será diferente!”
A realidade é muito mais simples: a Ubisoft está falindo e precisou criar esta subsidiária como um último recurso para atrair investidores e evitar o colapso total. Depois de anos lançando produtos mediocres cheios de bugs, microtransações predatórias e narrativas políticas que ninguém pediu, os jogadores simplesmente foram embora.
O Assassin’s Creed Shadows atualmente ocupa a posição 44 nas paradas diárias do SteamDB, um desempenho patético para uma das franquias supostamente mais valiosas da indústria. E quando uma empresa se recusa a divulgar números de vendas, você pode ter certeza de que as notícias não são boas. Pelo menos está se saindo melhor que Star Wars Outlaws, outro desastre woke que poderia servir de estudo de caso sobre como destruir uma IP valiosa.
QUANDO O ACORDAR É TARDE DEMAIS
O que a Ubisoft precisa desesperadamente compreender – e não duvido que a Tencent e outros investidores já tenham deixado bem claro – é que os jogos precisam ser bons e atraentes. Isso significa abandonar a política identitária, a sinalização de virtude e parar de lançar jogos cheios de bugs apenas para cumprir prazos.
O CEO Yves Guillemot precisa urgentemente superar seu próprio ego, parar de fazer papel de vítima e, acima de tudo, parar de dar lições de moral aos seus clientes. Uma estratégia que claramente não está funcionando para Assassin’s Creed Shadows, cujo “sucesso” é quase certamente apenas propaganda.
A ironia mais amarga? Uma empresa francesa que se orgulhava de sua suposta independência criativa agora implora por dinheiro chinês para sobreviver. A mesma companhia que adorava lacrar com mensagens sobre “resistir a opressores” agora se ajoelha diante de um regime autoritário.
Enquanto isso, a indústria de games continua sendo sequestrada por executivos desconectados da realidade que preferem servir a uma minoria barulhenta nas redes sociais do que aos milhões de jogadores que realmente compram seus produtos. A Ubisoft é apenas o exemplo mais gritante deste fenômeno.
Será interessante observar o que a Ubisoft fará com seus próximos títulos. Se uma empresa em situação tão desesperadora quanto esta se recusar a melhorar, não há esperança para o resto da indústria. Por enquanto, a mensagem é clara: acordem para a realidade do mercado ou continuem acordando para contas bancárias cada vez mais vazias.
Talvez o ditado precise ser atualizado: “Quem lacra, não lucra”. A Tencent agradece pela oportunidade de comprar propriedades ocidentais a preço de banana enquanto as empresas se afundam em suas próprias políticas identitárias. No final, o consumidor sempre vence – simplesmente não comprando produtos ruins. Uma lição que a Ubisoft aprendeu da maneira mais difícil.
Hasbro desmente venda bilionária de Dungeons & Dragons para chinesa Tencent